Entre as diversas preocupações ligadas à alimentação em 2025, a ingestão adequada de ferro segue como um dos temas centrais. Enquanto a carne vermelha costuma ser lembrada como principal fonte desse mineral, recomendações médicas e nutricionais apontam para a necessidade de reduzir o consumo desse tipo de proteína, sobretudo pela relação com doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Por que buscar alternativas à carne vermelha para obter ferro
O ferro heme da carne de boi é mais facilmente absorvido, mas uma porção padrão de aproximadamente 85 gramas de carne bovina cozida aporta em torno de 2,5 mg de ferro, valor relativamente modesto. Além disso, o consumo excessivo de carne vermelha tem sido associado a maior risco de problemas cardíacos e a determinados tipos de câncer, o que leva muitos profissionais de saúde a orientar a diversificação das fontes de proteína e de ferro.
Nesse contexto, planejar refeições que combinem fontes animais e vegetais de ferro ajuda a alcançar as recomendações diárias com menor dependência da carne vermelha. Órgãos como o National Institutes of Health (NIH) indicam que homens adultos entre 19 e 50 anos precisam de cerca de 8 mg de ferro por dia, enquanto mulheres necessitam de aproximadamente 18 mg, chegando a 27 mg em gestantes, o que torna a escolha de alimentos mais concentrados em ferro ainda mais importante.
Diversos perfis trouxeram rankings de alimentos, como o nutricionista Nathan:
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Principais alimentos ricos em ferro que podem substituir o bife
Vários alimentos apresentam teor de ferro igual ou superior ao da carne bovina, ocupando papel relevante em cardápios voltados à saúde cardiovascular e à prevenção de anemia. Entre as fontes animais, os frutos do mar se destacam: ostras podem fornecer cerca de 7 mg de ferro em uma porção de três unidades, enquanto mexilhões chegam a aproximadamente 5,7 mg em 85 gramas, desconsiderando o peso das cascas.
Esses moluscos concentram também proteínas, vitamina B12 e outros minerais importantes, além de serem versáteis em pratos simples e sofisticados. Outras carnes, como o peito de pato e a carne de bisão, possuem teor de ferro acima da carne bovina comum e podem ser incluídas ocasionalmente em dietas que buscam reduzir, mas não eliminar, o consumo de carne vermelha.
- Frutos do mar: ostras e mexilhões com alto teor de ferro e proteína.
- Folhas verdes: espinafre e acelga com grande densidade de nutrientes.
- Tubérculos: sunchoke/topinambo como alternativa versátil em preparações salgadas.
- Outras carnes: peito de pato e carne de bisão com teor de ferro acima da carne bovina comum.

Quais são as principais fontes vegetais de ferro
Quem pretende reduzir ainda mais o consumo de carne encontra nas leguminosas algumas das melhores aliadas. Feijão-lima oferece cerca de 4,9 mg de ferro por xícara cozida, enquanto grãos de soja maduros chegam a aproximadamente 4,4 mg de ferro por meia xícara, servindo de base para produtos como tofu e bebidas de soja.
Lentilhas e feijões brancos também se destacam, com algo em torno de 3,3 mg de ferro por xícara, além de fornecerem fibras e promoverem maior saciedade. Entre as hortaliças, beterrabas cozidas aportam cerca de 2,9 mg de ferro por xícara, assim como aspargos crus fatiados, enquanto tomates ensopados chegam a 3,4 mg por xícara e podem ser facilmente usados em molhos, sopas e preparações com ovos.
- Incluir ao menos uma leguminosa rica em ferro no almoço ou jantar (lima, branca, lentilha ou soja).
- Adicionar folhas verdes escuras refogadas ou em saladas diariamente.
- Usar tomates em preparações quentes, como molhos e ensopados, para elevar o teor de ferro das refeições.
- Variar entre beterraba, aspargo e outros vegetais coloridos ao longo da semana.
Como organizar a dieta para garantir mais ferro sem carne vermelha
A distribuição dos alimentos ricos em ferro ao longo do dia costuma ser mais eficiente do que concentrar todo o consumo em apenas uma refeição. Um prato que contenha leguminosas, folhas verdes e um molho à base de tomate combina diferentes fontes de ferro em uma única refeição equilibrada, podendo ser adaptado para dietas onívoras, vegetarianas ou plant-based.
Também é útil associar alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, pimentões e algumas verduras, pois esse nutriente auxilia na absorção do ferro não heme, presente em vegetais e leguminosas. Em contrapartida, exageros de café ou chá imediatamente após as refeições podem dificultar essa absorção devido à presença de taninos, reforçando que pequenas escolhas diárias ajudam a manter o aporte adequado de ferro com menor presença de carne vermelha.








