O colesterol alto é um dos fatores mais observados na prevenção de doenças cardiovasculares em 2025. Quando os níveis de colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, permanecem elevados por muito tempo, aumenta a probabilidade de formação de placas nas artérias, o que pode comprometer o coração e a circulação.
Qual o papel do queijo na rotina de quem tem colesterol alto
Entre os produtos lácteos, alguns tipos de queijo chamam atenção pelo teor de gordura e pela facilidade com que entram na rotina alimentar, em lanches e refeições rápidas. Embora o queijo faça parte da cultura alimentar de muitas famílias, quem tem colesterol elevado precisa ajustar porções, escolher versões mais magras e entender quais variedades são mais críticas.
Esses cuidados ajudam a reduzir riscos cardiovasculares sem excluir totalmente o queijo do dia a dia, priorizando combinações com saladas, frutas e pães integrais. Assim, o alimento é consumido de forma mais consciente, dentro de um plano alimentar equilibrado e alinhado às orientações de profissionais de saúde.
Essa dualidade do queijo na saúde chegou nas tendências das redes sociais, e trouxemos o vídeo do nutricionista Thiago Sampaio para explicar as diferenças entre os tipos de queijo:
@thiagosampaionutricao ❗As melhores opções de queijo Entre no grupo do WhatsApp✔
♬ som original – Thiago Sampaio – Nutricionista
Qual é o pior queijo para quem tem colesterol alto
Entre os diversos tipos disponíveis no mercado, o queijo brie costuma ser apontado como um dos menos indicados para quem apresenta colesterol alto. Trata-se de um queijo de massa macia, textura cremosa e sabor suave, características que tendem a estimular o consumo em quantidade maior do que o planejado, especialmente em tábuas de frios e entradas.
Em uma porção aproximada de 28 gramas de brie, é possível encontrar em torno de 7 a 8 gramas de gordura total, sendo boa parte gordura saturada, justamente o tipo associado ao aumento do colesterol LDL (YANPING et al., 2015). Profissionais de saúde costumam recomendar consumo bem eventual e em pequena quantidade, sempre dentro de um contexto de alimentação balanceada e controle de outros fatores de risco.
Quais alimentos merecem mais atenção em casos de colesterol elevado
O brie não é o único alimento que exige cuidados em quem tem colesterol alto. Diversos itens de origem animal concentram gordura saturada e podem influenciar negativamente o perfil de colesterol quando consumidos em excesso, como carnes vermelhas gordas e carnes processadas, além de preparações fritas e fast food.
Alguns cereais industrializados também entram na lista de produtos que pedem cautela, pois podem conter grandes quantidades de açúcar, óleos e aditivos. Para organizar melhor essas escolhas no dia a dia, vale conhecer alguns exemplos de alimentos que exigem maior atenção em pessoas com hipercolesterolemia:
- Carnes vermelhas com gordura aparente;
- Embutidos (salame, presunto gordo, mortadela, salsicha, linguiça);
- Queijos muito gordurosos, como brie e alguns queijos curados (Nilsen et al., 2015);
- Cereais matinais ricos em açúcar e corantes;
- Salgadinhos de pacote e fast food ricos em gordura e sal.
Para quem já tem diagnóstico de hipercolesterolemia, médicos e nutricionistas costumam recomendar a troca por fontes de proteína magra, como frango ou peru sem pele, peixes e leguminosas. Além disso, cereais integrais com mais fibras e menos açúcar contribuem para o controle de peso, triglicerídeos e colesterol.

Como ajustar a alimentação para controlar o colesterol
O controle do colesterol elevado não depende apenas de retirar um ou outro alimento da rotina. Em geral, o resultado mais consistente aparece quando há mudanças amplas no padrão alimentar e no estilo de vida, associando escolhas mais saudáveis, prática de atividade física e, quando necessário, uso de medicação prescrita.
- Reduzir queijos gordurosos deixando o brie e outros queijos ricos em gordura saturada para ocasiões raras e em pequenas porções.
- Priorizar proteínas magras como aves, peixes, cortes magros de carne e fontes vegetais, como feijão, lentilha e grão-de-bico.
- Incluir mais fibras consumindo frutas, verduras, legumes, aveia e cereais integrais, que auxiliam no controle do colesterol.
- Observar rótulos verificando o teor de gorduras, açúcares e aditivos em cereais e produtos industrializados.
- Combinar alimentação e atividade física mantendo rotina de exercícios regulares, respeitando orientações médicas.
Ao entender melhor o papel de alimentos como o queijo brie e outros itens ricos em gordura saturada, pessoas com colesterol alto conseguem organizar o dia a dia de forma mais estratégica. O objetivo é reduzir os números em exames e, principalmente, diminuir a probabilidade de doenças cardíacas no futuro por meio de escolhas consistentes e adequadas ao próprio perfil de saúde.
Referências bibliográficas
- YANPING, li et al. Saturated fats and health: A reassessment and proposal for food-based recommendations. Journal of the American College of Cardiology, v. 66, n. 13, p. 1538–1548, 2015.
- Nilsen R, Høstmark AT, Haug A, Skeie S. Effect of a high intake of cheese on cholesterol and metabolic syndrome: results of a randomized trial. Food Nutr Res. 2015 Aug 19;59:27651. doi: 10.3402/fnr.v59.27651. PMID: 26294049; PMCID: PMC4543447.









