Entre mulheres mais velhas, as escolhas de bebidas do dia a dia começam a chamar atenção como possíveis aliadas ou vilãs da saúde óssea. Em um cenário em que a osteoporose atinge uma grande parcela da população feminina acima dos 50 anos, pesquisadores analisam com mais cuidado o que costuma estar na xícara ou na caneca: café, chá e outras bebidas comuns, buscando entender se esses hábitos de longa data podem influenciar a densidade mineral óssea e o risco de fraturas, segundo dados de pesquisa da Universidade Flinders.
Qual é a importância da saúde óssea em mulheres idosas
O termo saúde óssea costuma estar ligado a cálcio, vitamina D e prática de atividades físicas, mas entre mulheres idosas entram em cena também uso de medicamentos, tabagismo, consumo de álcool e padrão alimentar ao longo da vida. A densidade mineral óssea, geralmente medida em regiões como quadril e colo do fêmur, é um indicador central para estimar o risco de osteoporose e fraturas e orientar intervenções preventivas.
Nesse contexto, chá e café aparecem como elementos adicionais a serem observados, pois podem modular discretamente o metabolismo ósseo ao longo dos anos. Estudos de longo prazo com mulheres acima de 65 anos avaliam se a frequência de consumo dessas bebidas se relaciona com alterações densitométricas, considerando também peso corporal, histórico de doenças crônicas, uso de hormônios e estilo de vida em geral.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do perfil @drsavioli_oficial:
@drsavioli_oficial A osteoporose atinge milhões de pessoas no Brasil e aumenta drasticamente o risco de fraturas, especialmente em idosos. Uma queda simples pode ter consequências graves, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida. Mas atenção, pois é possível fortalecer seus ossos para ter uma vida mais ativa e independente! Hoje, compartilho exemplos práticos de como incorporar hábitos que vão turbinar a saúde dos seus ossos, desde a alimentação até exercícios específicos. Invista na sua saúde óssea hoje mesmo e garanta um futuro com mais liberdade e segurança. Assista ao vídeo, comece a aplicar as dicas e compartilhe este conteúdo para que mais pessoas possam se proteger contra a osteoporose!
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O chá pode ajudar a manter a densidade óssea
Uma das questões mais investigadas é se o consumo de chá poderia contribuir para uma melhor densidade óssea em mulheres idosas, especialmente em regiões como quadril e coluna. Em alguns levantamentos populacionais, participantes que relatam beber chá regularmente apresentam valores de densidade discretamente mais altos, diferença pequena em nível individual, mas potencialmente relevante em termos de saúde pública.
Pesquisadores apontam que o chá concentra compostos bioativos, como catequinas e outros polifenóis, que podem atuar na formação e remodelação óssea, favorecendo células construtoras de osso e reduzindo a reabsorção. Além disso, o chá costuma ter menor teor de cafeína que o café, reduzindo interferências na absorção de cálcio, e o efeito positivo pode ser mais evidente em grupos específicos, como mulheres com obesidade ou inflamação crônica de baixo grau.
Como o café influencia a densidade óssea em idosas
O consumo de café em mulheres idosas compõe um quadro mais complexo e dependente da dose diária e do contexto nutricional. Em quantidades moderadas, em torno de duas a três xícaras por dia e com ingestão adequada de cálcio, diversas pesquisas não identificam impacto negativo claro sobre a densidade mineral óssea, sugerindo um efeito globalmente neutro.
Quando a ingestão ultrapassa vários copos diários, acima de cinco xícaras fortes, surgem associações com valores mais baixos de densidade óssea em algumas análises observacionais. Doses elevadas de cafeína podem aumentar a excreção urinária de cálcio e interferir modestamente no metabolismo ósseo, efeito que se torna mais preocupante se combinado a baixa ingestão de cálcio ou outros fatores de risco, como consumo excessivo de álcool ao longo da vida.
Quais cuidados práticos favorecem a saúde dos ossos
Entre mulheres mais velhas, proteger a saúde óssea vai muito além de escolher entre café e chá, envolvendo um conjunto de medidas integradas. Pesquisadores destacam que a combinação de alimentação adequada, atividade física regular, controle de doenças crônicas e monitoramento médico periódico tende a oferecer o maior benefício ao longo dos anos.
- Garantir ingestão adequada de cálcio, por meio de laticínios, bebidas enriquecidas ou outros alimentos fontes do mineral.
- Manter níveis adequados de vitamina D, com orientação profissional sobre exposição solar e, se necessário, suplementação.
- Praticar exercícios que estimulem o osso, como caminhadas, musculação leve e atividades com impacto controlado.
- Evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool, reconhecidos fatores de risco para osteoporose e fraturas.
- Realizar acompanhamento médico periódico, com exames de densitometria óssea e avaliação de risco de quedas quando indicados.

Como adaptar o consumo de café e chá para proteger os ossos
No dia a dia, alguns ajustes simples podem tornar o consumo de bebidas quentes mais favorável ao osso sem exigir mudanças radicais na rotina. A ideia é equilibrar quantidade, horário e combinação com outros alimentos, respeitando preferências pessoais e eventuais condições de saúde, como hipertensão, insônia ou osteopenia já diagnosticada.
- Preferir chá diário em quantidade moderada como parte da rotina, quando esse hábito já é bem aceito e não há contraindicações.
- Manter o café em níveis moderados, evitando ultrapassar várias xícaras fortes por dia, sobretudo em quem tem baixa ingestão de cálcio.
- Associar café ou chá com fontes de cálcio, como leite ou bebidas fortificadas, quando isso fizer sentido para o padrão alimentar da pessoa.
- Observar o histórico de álcool e, em caso de consumo mais elevado, redobrar a atenção ao excesso de café e buscar orientação profissional.
Em síntese, a relação entre café, chá e saúde óssea em mulheres idosas não exige decisões extremas, como abandonar completamente uma bebida. As pesquisas indicam que o chá, consumido regularmente, pode oferecer um discreto benefício para a densidade mineral óssea, enquanto o café em quantidades moderadas tende a ser neutro, com maior preocupação apenas diante de consumo muito elevado e da presença de outros fatores de risco acumulados.









