A incontinência urinária é uma condição comum que afeta muitas pessoas, especialmente mulheres após o parto. Caracteriza-se pela perda involuntária de urina, que pode variar em gravidade. Essa condição geralmente está ligada a alterações e enfraquecimento do assoalho pélvico, um grupo de músculos e tecidos que suportam órgãos como a bexiga, o útero e o reto, como explica a Clínica Avanttos.
No período pós-parto, muitas mulheres notam a importância da musculatura pélvica devido a sintomas como escapes de urina e sensação de peso na pelve. Essas mudanças podem ter um impacto significativo na qualidade de vida.
Quais são as causas da disfunção do assoalho pélvico após o parto?
O período gestacional e o parto normal são momentos em que os músculos pélvicos sofrem estiramento. Além disso, pode haver danos nos nervos locais. Durante o parto, procedimentos como o uso de fórceps ou a episiotomia podem contribuir para o enfraquecimento dessa musculatura. Outras causas incluem múltiplas gestações, alterações hormonais pós-parto, obesidade e sedentarismo. Fatores genéticos e o envelhecimento também desempenham um papel no desenvolvimento de sintomas de incontinência.
Como a fisioterapia do assoalho pélvico pode ajudar no tratamento da incontinência urinária?
A fisioterapia é fundamental na recuperação da função do assoalho pélvico e no controle da incontinência urinária. Com um tratamento personalizado, que envolve avaliação detalhada, exercícios específicos e ajustes nos hábitos diários, é possível fortalecer a musculatura, melhorar a percepção corporal e aliviar os sintomas.
Dentre as técnicas utilizadas estão o biofeedback, que ajuda a identificar e fortalecer os músculos adequados, e a eletroestimulação pélvica, recomendada para casos de fraqueza muscular acentuada. Os exercícios de Kegel são bastante conhecidos por promoverem o fortalecimento muscular específico.

Como praticar corretamente os exercícios de Kegel?
Os exercícios de Kegel são projetados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico e podem ser facilmente integrados à rotina. Primeiramente, é necessário identificar a musculatura correta, frequentemente aquela utilizada para interromper o fluxo urinário.
- Com a bexiga vazia, sente-se ou deite-se confortavelmente.
- Contraia os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse segurando a urina.
- Mantenha a contração por 3 a 5 segundos, sem prender a respiração.
- Relaxe completamente os músculos por igual período.
- Repita o processo de 10 a 15 vezes, três vezes ao dia.
O acompanhamento de um fisioterapeuta é crucial para garantir a correção da técnica e para a personalização dos exercícios conforme a necessidade individual.
Existe prevenção para a incontinência urinária pós-parto?
A prevenção da incontinência urinária pode ser alcançada com cuidados durante o pré-natal e no período pós-parto. O fortalecimento do assoalho pélvico antes, durante e após a gravidez prepara os músculos para as mudanças corporais. Hábitos saudáveis, controle do peso e a prática de atividades físicas adaptadas também ajudam na prevenção dos sintomas.
Mesmo para aquelas que já apresentam sinais de disfunção pélvica, buscar atendimento especializado precoce pode reduzir complicações e melhorar o bem-estar. Este é um tema não apenas relevante para a saúde das mães, mas essencial para assegurar autonomia, confiança e qualidade de vida em todas as fases da vida feminina.









