O coração, um dos órgãos mais vitais do corpo humano, pode ser afetado por uma condição pouco conhecida, mas potencialmente grave, chamada Síndrome do Coração Partido. Também conhecida como cardiomiopatia por takotsubo, essa condição é desencadeada por eventos emocionais ou físicos extremos, como a perda de um ente querido ou situações de estresse intenso.
Embora frequentemente associada a mulheres, estudos recentes indicam que os homens que desenvolvem essa condição podem enfrentar riscos mais elevados. A pesquisa sugere que a taxa de mortalidade entre homens com essa síndrome é significativamente maior, levantando questões sobre as diferenças de gênero na saúde cardiovascular.
O que é a Síndrome do Coração Partido?
A Síndrome do Coração Partido ocorre quando o músculo cardíaco é temporariamente enfraquecido ou “congelado” devido a um aumento repentino de hormônios do estresse. Isso pode resultar em sintomas semelhantes aos de um ataque cardíaco, como dor no peito e falta de ar. A condição é frequentemente desencadeada por eventos emocionais intensos, mas também pode ocorrer após esforço físico extremo.
O mecanismo exato por trás dessa condição ainda está sendo estudado, mas acredita-se que os hormônios do estresse, conhecidos como catecolaminas, desempenham um papel crucial. Em níveis elevados, esses hormônios podem “atordoar” o coração, comprometendo sua capacidade de bombear sangue de forma eficaz.
Por que os homens são mais afetados?
Embora a Síndrome do Coração Partido seja mais comum em mulheres, os homens que a desenvolvem enfrentam um risco maior de complicações graves. Estudos indicam que os homens podem produzir mais catecolaminas em resposta ao estresse, o que pode resultar em casos mais severos da condição. Além disso, o estrogênio, um hormônio mais abundante nas mulheres, pode oferecer uma proteção adicional ao sistema cardiovascular.

Fatores sociais também podem influenciar o diagnóstico e tratamento em homens. Muitas vezes, a condição é subdiagnosticada em homens, pois é vista como uma doença predominantemente feminina. Isso pode levar a atrasos no tratamento e a piores desfechos de saúde.
Quais são os sintomas e complicações?
Os sintomas da Síndrome do Coração Partido incluem dor no peito, palpitações e dificuldade para respirar. Se não tratada, a condição pode levar a complicações graves, como coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. É crucial que os sintomas sejam tratados como uma emergência médica para evitar danos permanentes ao coração.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Síndrome do Coração Partidoartido pode ser desafiador, pois os sintomas se assemelham aos de um ataque cardíaco. Exames de imagem, como ecocardiogramas, são usados para avaliar a função do coração e identificar áreas que podem estar “congeladas”. Além disso, exames de sangue podem ajudar a diferenciar entre um ataque cardíaco e a síndrome.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento da síndrome do coração partido envolve o uso de medicamentos para estabilizar a função cardíaca e prevenir complicações. Em muitos casos, a função cardíaca pode ser restaurada em poucas semanas com o tratamento adequado. No entanto, é essencial que a condição seja detectada precocemente para otimizar as chances de recuperação.
Como Prevenir a Síndrome do Coração Partido?
Embora a síndrome do coração partido seja causada por estresse súbito, a gestão do estresse crônico pode ajudar a melhorar a saúde cardiovascular geral. Práticas como meditação, exercícios físicos regulares e técnicas de relaxamento podem ser benéficas. Além disso, é importante estar ciente dos sintomas e procurar atendimento médico imediato em caso de dor no peito ou falta de ar.
Para mais informações sobre saúde cardiovascular e como proteger seu coração, visite o site da Fundação de Saúde Cardiovascular.
Entre em contato:
Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










