O olhar para a Altura corporal revela complexidades que vão além da simples medida. Para Leon Otremba, influencer alemão, a estatura era uma fonte de insatisfação. Para enfrentar essa questão, ele optou por um procedimento médico de alta complexidade e risco: o alongamento ósseo. Essa escolha, não recomendada para fins estéticos, envolveu duas cirurgias intricadas que resultaram em uma transformação drástica de sua estatura, mudando de 1,71 m para 1,95 m.
Esse tipo de cirurgia é geralmente reservado para corrigir malformações ou deformidades. A técnica envolve fraturar os ossos das pernas e inserir hastes metálicas que incentivam o crescimento gradual do osso durante o processo de cicatrização. O caminho para esse crescimento exige ajustes diários e um rigoroso plano de reabilitação. Leon, em busca do que considerou uma nova vida, aceitou passar por constantes dores e as dificuldades inerentes a meses de recuperação que exigiram o uso de cadeiras de rodas e muletas.
Por que indivíduos buscam o alongamento ósseo?
Para Leon, a decisão não partiu de um capricho superficial. Ele mencionou que, em 2023, a sua baixa Altura impactava negativamente sua autoconfiança, resultando em sentimentos de depressão e um constante desconforto emocional diante de comparações com outras pessoas ao seu redor. Nesses contextos, a busca pelo alongamento ósseo surge como uma tentativa de resgatar a autoestima, mesmo ciente dos desafios físicos e dores incisivas associadas ao procedimento.

Os desafios físicos do pós-operatório
Para quem decide encarar esse procedimento, o pós-operatório traz desafios significativos. Após a primeira cirurgia, o alongamento do fêmur por 10 centímetros, Leon experimentou um período de intensa dor e sono irregular, prejudicando a qualidade de vida. Cada ajuste na haste metálica era um passo agonizante, um milímetro de crescimento que demandava grande resistência e cautela para evitar infecções. O caminho até poder caminhar sem auxílios como bengalas ou muletas se estendeu por meses, marcado por dor e determinação.
Quais são os riscos associados ao alongamento ósseo?
O procedimento de alongamento ósseo é altamente invasivo e gera preocupação na comunidade médica. O ortopedista Luciano Miller adverte que recorrer a essa cirurgia puramente por razões estéticas não é uma prática recomendada. Além dos perigos imediatos, como infecções e fraturas, existe o risco de desproporção corporal. Isso ocorre porque as cirurgias alongam apenas as pernas, o que pode comprometer a biomecânica do corpo, causando desequilíbrios e impacto na funcionalidade geral.
Apesar das adversidades e dores relatadas, Leon continua a compartilhar suas experiências em plataformas sociais, relatando cada etapa de sua jornada de recuperação. Ele enfrenta desafios diários decorrentes das cirurgias, mas também exibe a transformação profunda que sofreu em seus vídeos, buscando inspirar outros a considerarem cuidadosamente suas próprias jornadas para a autoestima. É, sem dúvida, uma escolha controversa e envolta em debates éticos e médicos, mas para Leon, ela representa a busca por uma versão mais confiante de si mesmo.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










