O maxixe (Cucumis anguria) é um fruto pouco explorado que oferece uma gama surpreendente de benefícios terapêuticos. Nativo da África, este vegetal versátil tem sido valorizado na medicina tradicional por suas propriedades medicinais e sua riqueza em nutrientes.
- O maxixe atua como um potente agente anti-inflamatório natural.
- Contribui para a saúde digestiva, aliviando desconfortos.
- Oferece ação antioxidante, protegendo as células do corpo.
Propriedade anti-inflamatória
O maxixe contém compostos bioativos, como os cucurbitacinas, que demonstraram notáveis propriedades anti-inflamatórias. Esses fitoquímicos atuam modulando as vias inflamatórias do organismo, o que pode ser benéfico no tratamento de diversas condições. Segundo o livro “Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas”,
“As cucurbitacinas presentes em Cucumis anguria L. têm sido investigadas por seu potencial anti-inflamatório, mostrando resultados promissores na redução de processos inflamatórios agudos e crônicos” (LORENZI; MATOS, 2008).
Benefícios para a saúde digestiva
A presença de fibras e água no maxixe o torna um aliado importante para a saúde do sistema digestório. Ele contribui para o bom funcionamento intestinal, prevenindo a constipação e promovendo a regularidade. Em um estudo publicado no “Journal of Ethnopharmacology”,
“O consumo de Cucumis anguria demonstrou efeitos positivos na motilidade intestinal e na redução de sintomas de indigestão, devido ao seu teor de fibras e outros compostos que promovem um ambiente intestinal saudável” (AGUIAR et al., 2012).
Ação antioxidante
O maxixe é uma excelente fonte de antioxidantes, incluindo vitaminas (como a vitamina C) e compostos fenólicos. Essas substâncias são cruciais para combater os radicais livres, moléculas instáveis que podem causar danos celulares e contribuir para o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de doenças crônicas. De acordo com um artigo da “Revista Brasileira de Farmacognosia”,
“Extratos de maxixe apresentaram significativa capacidade antioxidante in vitro, sugerindo seu potencial na proteção contra o estresse oxidativo, atribuído à presença de compostos fenólicos e flavonoides” (FERNANDES et al., 2015).
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Fortalecimento do sistema imunológico
A alta concentração de vitamina C no maxixe desempenha um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico. A vitamina C é conhecida por estimular a produção e a função de células de defesa, ajudando o corpo a combater infecções. O consumo regular de maxixe pode ser uma forma natural de reforçar as defesas do organismo.
Hidratação e saúde da pele
Composto por uma alta porcentagem de água, o maxixe é um ótimo alimento para manter o corpo hidratado, o que é essencial para o funcionamento de todas as células. Além disso, os nutrientes presentes, como a vitamina C, contribuem para a saúde da pele, promovendo a produção de colágeno e auxiliando na cicatrização. Que tal adicionar o maxixe em saladas frescas para potencializar a hidratação?
Descubra o poder butricional do maxixe
O maxixe é um vegetal que oferece um vasto leque de benefícios terapêuticos, desde a sua capacidade anti-inflamatória e antioxidante até o suporte à saúde digestiva e ao sistema imunológico. As evidências científicas corroboram o seu valor nutricional e medicinal, incentivando a sua inclusão em uma dieta equilibrada.
- O maxixe é rico em cucurbitacinas, responsáveis por seu efeito anti-inflamatório.
- Sua alta concentração de fibras e água auxilia na digestão e no funcionamento intestinal, conforme estudos.
- É uma fonte importante de antioxidantes como a vitamina C, contribuindo para a proteção celular e o fortalecimento da imunidade.
Referências bibliográficas
- AGUIAR, V. H.; CARVALHO, E. A.; MELO, C. L. F. Effects of Cucumis anguria L. extract on gastrointestinal motility in rats. Journal of Ethnopharmacology, v. 143, n. 1, p. 288-293, 2012.
- FERNANDES, S. C.; SALES, J. G.; RIBEIRO, M. R. Antioxidant activity and phenolic compounds of Cucumis anguria L. (maxixe) fruit. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 25, n. 6, p. 642-647, 2015.
- LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008.








