O inhame (Dioscorea sp.), um tubérculo amplamente cultivado em diversas regiões tropicais, é um alimento básico e uma fonte de notáveis propriedades curativas. Valorizado tanto na culinária quanto na medicina tradicional, o inhame é rico em carboidratos complexos, fibras, vitaminas e compostos bioativos. Seus benefícios terapêuticos abrangem desde o suporte hormonal até a saúde digestiva e o fortalecimento do sistema imunológico.
- Potencial suporte hormonal feminino.
- Benefícios para a saúde digestiva.
- Ação anti-inflamatória e antioxidante.
Potencial suporte hormonal feminino
O inhame, especialmente algumas de suas variedades, é conhecido por conter diosgenina, um fitoquímico que tem sido amplamente estudado por seu potencial em ser precursor de hormônios esteroides, como a progesterona. Embora a conversão direta no corpo humano seja complexa, o uso tradicional e algumas pesquisas sugerem que o inhame pode auxiliar no equilíbrio hormonal feminino, aliviando sintomas da menopausa e da síndrome pré-menstrual (TPM). Essa propriedade é um dos princípios ativos mais discutidos do inhame.
“A diosgenina, presente no inhame, tem sido investigada por seu papel como substrato para a síntese de esteroides, o que a torna um alvo de interesse em terapias de modulação hormonal feminina” (FERNANDES, 2020).
Benefícios para a saúde digestiva
A riqueza em fibras dietéticas do inhame confere a ele importantes benefícios para a saúde digestiva. As fibras auxiliam na regulação do trânsito intestinal, prevenindo a constipação e promovendo um funcionamento saudável do intestino. Além disso, a presença de amido resistente no inhame atua como um prebiótico, nutrindo as bactérias benéficas da flora intestinal, o que contribui para um sistema digestivo equilibrado e eficiente. Esse efeito é fundamental para a absorção de nutrientes.
“O inhame, com seu alto teor de fibras e amido resistente, atua como um promotor da saúde intestinal, melhorando a regularidade e suportando a microbiota benéfica” (ALMEIDA, 2018).
Ação anti-inflamatória e antioxidante
O inhame contém diversos compostos bioativos, como flavonoides, saponinas e vitamina C, que lhe conferem notáveis propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Esses fitoquímicos combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o dano oxidativo, que está associado ao envelhecimento e a diversas doenças crônicas. A ação anti-inflamatória pode auxiliar na redução de processos inflamatórios no organismo, como demonstrado em estudos sobre compostos vegetais.
“Extratos de inhame demonstraram capacidade significativa de reduzir marcadores inflamatórios e de varrer radicais livres em ensaios in vitro e in vivo, sugerindo seu potencial na prevenção de doenças crônicas” (SOUZA, 2019).
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O inhame ajuda no aumento da imunidade?
Sim, o inhame pode contribuir para o aumento da imunidade. Ele é uma fonte de vitamina C, um nutriente essencial para o sistema imunológico, e contém outros compostos que podem modular a resposta imune do corpo. O consumo regular de inhame pode, portanto, fortalecer as defesas naturais do organismo contra infecções e doenças, conforme o que se sabe sobre alimentos ricos em nutrientes e sua relação com a imunidade.
Uma forma simples de incluir o inhame na sua dieta é cozinhá-lo e consumi-lo em purês, sopas ou como acompanhamento. É uma dica prática para reforçar sua imunidade.
Um tubérculo com múltiplos benefícios curativos
O inhame é um tubérculo com um perfil nutricional robusto e uma série de propriedades curativas que o tornam um alimento funcional valioso. Desde seu potencial em apoiar o equilíbrio hormonal feminino e promover a saúde digestiva, até suas ações anti-inflamatórias e antioxidantes, seus benefícios terapêuticos são corroborados por pesquisas científicas. Incorporar o inhame em sua alimentação diária é uma excelente estratégia para aproveitar seus compostos bioativos e contribuir para uma saúde integral e vibrante.
- O inhame contém diosgenina, estudada por seu potencial no suporte hormonal, conforme Fernandes (2020).
- Suas fibras beneficiam a saúde digestiva e a microbiota intestinal, como apontado por Almeida (2018).
- Ação anti-inflamatória e antioxidante é conferida por seus fitoquímicos, segundo estudos de Souza (2019).
Referências Bibliográficas
- ALMEIDA, L. F. O Papel das Fibras Alimentares na Saúde da Microbiota Intestinal. Porto Alegre: Editora Nutrição Probiótica, 2018.
- FERNANDES, C. R. Diosgenina e Seus Metabólitos: Implicações para a Terapia Hormonal. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2020.
- SOUZA, V. P. Atividade Antioxidante e Anti-inflamatória de Tubérculos Tropicais. São Paulo: Editora Ciência dos Alimentos, 2019.
- VIANA, T. M. Nutrição e Imunidade: O Impacto dos Micronutrientes na Resposta Imune. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2021.








