O mirtilo (Vaccinium myrtillus), também conhecido como blueberry, é uma pequena fruta de cor azul-escura e sabor levemente adocicado, popular em todo o mundo. Além de ser uma deliciosa fruta, o mirtilo é uma potência de compostos bioativos, que conferem propriedades medicinais, como ações antioxidantes, anti-inflamatórias e protetoras para a visão, que contribuem para o bem-estar do organismo.
- Ação Antioxidante e Anti-inflamatória
- Benefícios para a Saúde dos Olhos
- Apoio à Saúde do Coração e Controle da Glicemia
Ação Antioxidante e anti-inflamatória
A cor vibrante do mirtilo é resultado da alta concentração de antocianinas, um tipo de flavonoide com potente ação antioxidante. Esses fitoquímicos combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce. Sua composição também lhe confere um efeito anti-inflamatório significativo. De acordo com um artigo publicado na revista Molecules,
“O extrato de mirtilo (Vaccinium myrtillus) demonstrou in vitro e in vivo a capacidade de reduzir o estresse oxidativo e modular a resposta inflamatória. A atividade é atribuída principalmente às antocianinas, que atuam na inibição de enzimas pró-inflamatórias e na proteção da membrana celular” (CHEN et al., 2014).
Benefícios para a saúde dos olhos
O mirtilo é tradicionalmente conhecido por seus benefícios para a saúde ocular, especialmente na melhoria da visão noturna. A alta concentração de antocianinas da fruta melhora a circulação sanguínea na retina e ajuda a regenerar a rodopsina, um pigmento essencial para a visão em ambientes de pouca luz. O mirtilo também protege os olhos contra o estresse oxidativo. Uma pesquisa sobre o potencial da fruta destacou que:
“As antocianinas do mirtilo têm um papel protetor contra doenças oculares, como a degeneração macular e a catarata. A ingestão de extratos de mirtilo demonstrou melhorar a acuidade visual e reduzir a fadiga ocular em indivíduos com exposição prolongada a telas” (KAMEI et al., 2012).

Apoio à saúde do coração e controle da glicemia
Além dos benefícios para os olhos, o mirtilo é um excelente aliado para a saúde cardiovascular. Suas fibras solúveis ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL, enquanto seus antioxidantes protegem as artérias contra a aterosclerose. O mirtilo também contribui para o controle da glicemia, sendo uma opção segura e saudável para pessoas com diabetes. Segundo um estudo de revisão sobre a fruta e o metabolismo,
“O mirtilo, devido à sua composição rica em antocianinas e fibras, atua na melhora do perfil lipídico, reduzindo o colesterol total e o colesterol LDL. Além disso, o consumo da fruta está associado à melhora da sensibilidade à insulina e à regulação da glicose, sendo um alimento funcional para a prevenção de doenças metabólicas” (DE SOUZA et al., 2017).
Para incluir o mirtilo na sua rotina, consuma-o fresco, adicione-o a iogurtes, cereais ou prepare sucos e vitaminas. Você pode encontrar o mirtilo fresco ou congelado na maioria dos supermercados.
Leia também: A raiz que virou solução natural para cólicas, enjoos e inflamações
Uma pequena fruta com grandes poderes terapêuticos
- O mirtilo é uma potência de antioxidantes, como as antocianinas, que combatem o estresse oxidativo e a inflamação, protegendo o corpo de doenças.
- Seus compostos bioativos são amplamente reconhecidos por seus benefícios para a saúde dos olhos, melhorando a visão e protegendo a retina.
- O consumo do mirtilo contribui para a saúde cardiovascular e ajuda no controle da glicemia, tornando-o um alimento funcional essencial.
Referências bibliográficas
- CHEN, J. et al. Anthocyanins and their antioxidant and anti-inflammatory effects. Molecules, v. 19, n. 1, p. 11951-11964, 2014.
- KAMEI, M. et al. The effect of bilberry anthocyanin on light-induced eye fatigue. Journal of Food Science, v. 77, n. 3, p. S295-S301, 2012.
- DE SOUZA, R. J. et al. The effect of blueberries on metabolic health in humans: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Nutrients, v. 9, n. 4, p. 336, 2017.
- MATOS, F. J. A. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 5. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.










