Melissa officinalis é uma planta medicinal conhecida há séculos por suas aplicações terapêuticas naturais. Seu uso tradicional e popular é respaldado cada vez mais por pesquisas científicas, que destacam propriedades como relaxamento, contribuição para a saúde digestiva e ajuda na diminuição de inflamações. Essa erva aromática integra práticas da fitoterapia e é valorizada tanto em chás quanto em extratos e tinturas.
No universo da fitoterapia, a Melissa ganhou espaço graças a resultados demonstrados por estudos que apontam:
- Efeito calmante em estados de ansiedade
- Propriedade antioxidante relevante para proteção celular
- Apoio ao funcionamento benéfico do sistema gastrointestinal
Esses benefícios terapêuticos derivam de compostos bioativos específicos da Melissa, como os ácidos fenólicos, flavonoides e óleos essenciais, cuja atuação será detalhada ao longo deste artigo.
Como a Melissa atua para promover relaxamento?
Os fitocomplexos presentes na Melissa possuem efeito modulador sobre o sistema nervoso central, favorecendo o relaxamento e auxiliando no controle de estresse e ansiedade. Os principais responsáveis são os óleos essenciais, como o citral e o citronelal, capaz de atuar em receptores específicos do cérebro, reduzindo a atividade neuronal excessiva. Essa relação entre os princípios ativos da planta e o alívio de condições ansiosas é mencionada em estudos de farmacognosia reconhecidos.
“Os extratos de Melissa possuem compostos que inibem a degradação do GABA, neurotransmissor relacionado ao relaxamento, o que favorece o alívio de sintomas ansiosos e distúrbios do sono.” (SOUZA, Tatiane Silva de; HOLDERBAUM, Diana Fernanda; SCHNAIDER, Thais, v. 17, n. 3, p. 509-519, 2015.)

Quais são as evidências sobre propriedades antioxidantes?
A Melissa, por concentrar flavonoides e ácidos fenólicos, exerce papel fundamental na redução dos radicais livres. Esses compostos bioativos protegem as células do corpo contra estresses oxidativos, que têm ligação com o envelhecimento precoce e a predisposição a doenças crônicas. Pesquisas identificam que o uso regular da planta pode reforçar mecanismos naturais de defesa, o que é reforçado por revisões científicas detalhadas. Dentre as plantas medicinais utilizadas no mundo, a Melissa officinalis ganhou notoriedade por sua relação com a promoção do equilíbrio celular—fator essencial para o envelhecimento saudável.
“O extrato aquoso de Melissa demonstrou atividade antioxidante marcante, atribuída à presença de ácido rosmarínico e flavonoides, que auxiliam na neutralização de radicais livres.” (PEREIRA, Renata Pacheco et al, v. 134, n. 2, p. 866-871, 2012.)
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Melissa realmente faz bem ao sistema digestivo?
Diversos estudos documentam o uso tradicional da Melissa para o alívio de desconfortos gástricos e estímulo das funções digestivas. Os óleos essenciais da planta agem relaxando musculaturas do trato gastrointestinal e estimulando a produção de enzimas digestivas, efeito que contribui para menor sensação de inchaço e promoção do apetite regulado. Essa atuação é reconhecida por farmacopéias e pesquisas acadêmicas recentes, inclusive pela ESCOP – European Scientific Cooperative on Phytotherapy, entidade europeia de referência em fitoterapia.
“Preparações à base de Melissa são indicadas oficialmente para tratamento de distúrbios digestivos funcionais leves, devido à sua ação espasmolítica comprovada em ensaios clínicos.” (ESCOP: ESCOP, 2003.)
- Dica de preparo: O chá de Melissa pode ser feito com 1 a 2 colheres de chá das folhas secas, infundidas em 200 ml de água aquecida por cerca de 10 minutos. Esse modo de uso é tradicionalmente adotado para promover relaxamento e bem-estar digestivo.

Que benefícios anti-inflamatórios a Melissa oferece?
Outra característica relevante da Melissa é sua capacidade anti-inflamatória. Presença de ácidos fenólicos, principalmente o rosmarínico, demonstrou-se importante para a regulação de mediadores da inflamação no organismo. Esses compostos suprimem sinais inflamatórios em nível celular, colaborando para o alívio de dores leves, especialmente de origem muscular ou digestiva. Esse efeito é confirmado em artigos de referência internacional sobre plantas medicinais.
“O ácido rosmarínico presente na Melissa evidencia potencial anti-inflamatório, inibindo a expressão de marcadores inflamatórios em culturas celulares e modelos experimentais.” (SILVA, Bruna Aquino et al, v. 13, n. 2, p. 143-152, 2019.)
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Quais são os principais benefícios científicos resumidos?
- A Melissa apresenta propriedades calmantes reconhecidas, atuando no controle de ansiedades e qualidade do sono, conforme estudos científicos recentes.
- O forte potencial antioxidante, graças a flavonoides e ácidos fenólicos, posiciona a planta como aliada na proteção celular.
- Pesquisas comprovam a eficácia para aliviar desconfortos digestivos e contribuem para validar seu uso tradicional.
Referências bibliográficas
- ESCOP – European Scientific Cooperative on Phytotherapy. Monographs on the medicinal uses of plant drugs. Exeter: ESCOP, 2003.
- PEREIRA, Renata Pacheco et al. Antioxidant and anti-inflammatory properties of Melissa officinalis extracts. Food Chemistry, v. 134, n. 2, p. 866-871, 2012.
- SILVA, Bruna Aquino et al. Melissa officinalis L.: revisão da literatura sobre propriedades farmacológicas. Revista Fitos, v. 13, n. 2, p. 143-152, 2019.
- SOUZA, Tatiane Silva de; HOLDERBAUM, Diana Fernanda; SCHNAIDER, Thais. Essencial de Melissa officinalis: efeitos fisiológicos e aplicabilidade. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 17, n. 3, p. 509-519, 2015.








