Em 2025, novas revisões científicas reforçam algo que vem ganhando espaço na saúde mental: o intestino e o cérebro estão profundamente conectados. Pesquisas de 2024 mostram que desequilíbrios na microbiota intestinal, a chamada disbiose, estão associados a sintomas de ansiedade, alterações de humor e até depressão. O motivo é que a saúde intestinal influencia diretamente neurotransmissores, inflamação e mecanismos de resposta ao estresse.
Como a disbiose interfere na ansiedade?
A microbiota intestinal é composta por trilhões de microrganismos que ajudam na digestão, na imunidade e na produção de substâncias essenciais ao cérebro. Quando esse ecossistema entra em desequilíbrio, o organismo passa a produzir mais mediadores inflamatórios e menos neurotransmissores de bem-estar.
Estudos recentes mostram que essa alteração afeta o chamado eixo intestino-cérebro, a via de comunicação que transporta sinais químicos entre os dois sistemas. Com isso, a regulação do humor pode ser prejudicada, contribuindo para quadros de ansiedade.

O intestino participa da produção de neurotransmissores?
O intestino produz cerca de 90% da serotonina, neurotransmissor associado ao humor e ao relaxamento, além de influenciar a síntese de GABA, substância relacionada ao controle da ansiedade.
Quando há disbiose, essa produção pode ficar comprometida, resultando em instabilidade emocional, irritabilidade e maior sensibilidade ao estresse. Por isso, especialistas destacam que cuidar do intestino é também cuidar da mente.
A disbiose ocorre quando a microbiota está desequilibrada, isso é assunto em milhares de consultórios brasileiros, o DrVictorVaz fala sobre no TikTok:
Alimentação e estilo de vida influenciam a saúde intestinal?
Os estudos de 2022 reforçam que hábitos simples têm impacto direto no equilíbrio da microbiota. Alimentos ultraprocessados, consumo excessivo de açúcar, álcool frequente e noites mal dormidas favorecem a disbiose e ansiedade.
Por outro lado, fibras, frutas, verduras, probióticos naturais (como iogurte, kefir e kombucha) e rotinas de sono adequadas ajudam a restaurar o equilíbrio bacteriano. Pequenas mudanças podem reduzir inflamações sistêmicas e melhorar a comunicação entre intestino e cérebro.

Por que entender essa relação ajuda a reduzir o estigma?
Ao reconhecer que ansiedade e problemas emocionais também têm causas biológicas, e que o intestino desempenha um papel essencial, criamos uma visão mais completa da saúde mental. Isso não substitui tratamento médico quando necessário, mas amplia a compreensão do corpo como um sistema integrado.
Entender essa conexão permite que mais pessoas percebam sinais precoces e adotem hábitos que favoreçam tanto o bem-estar físico quanto o emocional.







