O Fim do Ano é uma época marcada por mudanças significativas nos hábitos e no ambiente que nos cerca. Estas transformações não apenas celebram um ciclo que se encerra, mas também influenciam diretamente a saúde, especialmente para aqueles propensos a alergias. Estima-se que entre 30% e 40% da população mundial enfrente algum tipo de alergia, de acordo com a Organização Mundial da Alergia, e esta condição se intensifica durante as comemorações de fim de ano.
As alergias desse período, conhecidas popularmente como “síndrome da árvore de Natal”, envolvem sintomas que variam de coceira, irritações cutâneas, até dificuldades respiratórias. Esse fenômeno está associado a diversos fatores, como o fechamento dos ambientes e o uso de decorações que permanecem guardadas por longos períodos.
Por que as crises alérgicas aumentam no Fim do Ano?
Durante as festas, dois tipos principais de alergias são observados: alimentares e respiratórias. No campo alimentar, ingredientes tradicionais das ceias, como castanhas, mariscos e conservantes em produtos industrializados, são os principais vilões. Estas substâncias podem desencadear reações adversas em indivíduos predispostos.
Quanto às alergias respiratórias, pesquisadores apontam que a poeira acumulada em enfeites natalinos e os ácaros alojados durante o ano são os principais responsáveis. Quando são retirados de caixas, especialmente as de papelão, essas partículas se dispergam no ar, gerando sintomas como espirros e coriza.
Alergia alimentar: como prevenir?
Prevenir alergias alimentares requer atenção redobrada aos componentes da ceia. Panetones e sobremesas, por exemplo, frequentemente contêm aditivos que podem provocar reações. Além disso, alimentos como nozes, amendoim e frutos do mar devem ser cuidadosamente considerados, pois estão diretamente associados a crises em alérgicos.
Sinais indicativos de alergias alimentares incluem coceira na boca, erupções cutâneas e sintomas gastrointestinais como náusea e diarreia. Em casos severos, como falta de ar ou inchaço acentuado, o socorro médico deve ser procurado imediatamente.
Como evitar alergias respiratórias durante as festas?
Para minimizar crises respiratórias, recomenda-se que a decoração natalina seja manuseada em locais bem arejados. Limpar os enfeites com um pano úmido e evitar movimentos bruscos que espalhem poeira são medidas eficazes. Linhas de ação como lavar tecidos decorativos e conservar os itens em caixas de plástico após o uso, também são sugestivas para reduzir riscos.

Lidar com mofo é igualmente importante; decorações que exibem manchas escuras devem ser descartadas. Durante as festas, práticas de ventilação adequada dos ambientes e limpezas frequentes são aliadas indispensáveis dos alérgicos.
Quais os passos para lidar com crises aérgicas?
Em pleno agito festivo, deparar-se com uma crise alérgica requer calma e ação rápida. O contato com qualquer potencial agente alérgico, seja ele um alimento ou elemento ambiental, deve ser interrompido imediatamente. Para reações leves, lavar a área afetada pode ser suficiente para aliviar os sintomas.
Entretanto, sintomas severos, como inchaço e dificuldade respiratória, indicam a necessidade de intervenção médica urgente. Manter a medicação apropriada por perto, como inaladores para asmáticos, é fundamental para quem sofre de alergias crônicas ou sabe de suas predisposições.
Essa abordagem informada e preventiva garantirá uma experiência de fim de ano mais tranquila, livre das armadilhas comuns que afetam os alérgicos nessa época de celebrações.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








