A cebola (Allium cepa) é uma das hortaliças mais presentes na culinária brasileira e, historicamente, tem sido valorizada por suas propriedades medicinais. Estudos recentes reforçam que o consumo regular desse bulbo oferece diversos benefícios terapêuticos, atribuídos a uma composição rica em compostos bioativos.
- Poderoso efeito anti-inflamatório, auxiliando no controle de processos inflamatórios
- Ação antioxidante, importante para proteção celular
- Benefícios para o sistema cardiovascular
Como ocorre o efeito anti-inflamatório da cebola?
Os principais compostos fenólicos presentes na cebola, como flavonoides e quercetina, desempenham papel importante na redução de processos inflamatórios. Essas substâncias modulam enzimas e mediadores inflamatórios, promovendo alívio de desconfortos e contribuindo para o equilíbrio do organismo. A base científica para esse efeito está amplamente documentada, como destacado por estudos compilados por Francisco José de Abreu Matos.
“A presença expressiva de quercetina na cebola é responsável por atenuar respostas inflamatórias, reduzindo marcadores associados à inflamação em modelos laboratoriais.” (Matos, Farmácias Vivas: Sistema de utilização de plantas medicinais, 2007).
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Qual é a ação antioxidante da cebola e como combate os radicais livres?
A cebola é fonte relevante de antioxidantes naturais, principalmente as antocianinas e flavonoides. Esses princípios ativos neutralizam radicais livres, prevenindo danos oxidativos nas células e contribuindo para o envelhecimento saudável. Segundo Hildebert Wagner e Sigrun Bladt, as propriedades antioxidantes são comprovadas por análises laboratoriais e estudos populacionais.
“O conteúdo de flavonoides, especialmente a quercetina, confere à cebola capacidade antioxidante destacada entre as hortaliças, protegendo os tecidos corporais da ação prejudicial dos radicais livres.” (Wagner & Bladt, 2001).

Como a cebola contribui para a saúde cardiovascular?
A cebola contém compostos organossulfurados que atuam na redução dos níveis de colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares. Substâncias como a alicina e dialil dissulfeto contribuem para o relaxamento dos vasos sanguíneos e ajudam a controlar a pressão arterial, fatores relacionados à saúde do coração. Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina detalham o impacto positivo dessas substâncias.
“O consumo regular de hortaliças do gênero Allium está associado à diminuição do risco de eventos cardiovasculares, devido à ação antitrombótica e vasodilatadora dos compostos sulfurados presentes na cebola.” (Pinto, Sandra de Souza et al, v. 18, n. 2, p. 608-614, 2016).
- Dica de preparo: A cebola pode ser consumida crua em saladas, refogada, em chás ou até mesmo como xarope caseiro para aproveitar suas propriedades terapêuticas.
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De que forma a cebola auxilia no controle da glicemia?
O consumo regular de cebola pode contribuir para o controle glicêmico devido à presença de compostos sulfurados e fibras solúveis. Esses componentes auxiliam na regulação da absorção de glicose, tornando a cebola um aliado em dietas voltadas para prevenção e controle do diabetes. Estudos publicados na revista Food Chemistry reforçam esse potencial.
“Extratos de cebola mostraram efeito benéfico na redução dos níveis de glicose plasmática, especialmente em indivíduos com resistência à insulina.”
(Kim, Sang Hee et al. Antidiabetic effect of onion (Allium cepa) extract in diabetic rats. Food Chemistry, v. 102, n. 1, p. 186-192, 2007).
Quais são os principais insights sobre as propriedades curativas da cebola?
- A cebola possui atividade anti-inflamatória, antioxidante e cardioprotetora, respaldada por literatura científica nacional e internacional.
- O consumo regular pode ser um aliado natural para controle da glicemia e saúde do coração.
- Evidências científicas reforçam sua aplicação em práticas de saúde integrativa, ampliando as possibilidades do uso tradicional.
Referências bibliográficas
- Kim, Sang Hee et al. Antidiabetic effect of onion (Allium cepa) extract in diabetic rats. Food Chemistry, v. 102, n. 1, p. 186-192, 2007.
- Francisco José de Abreu Matos. Farmácias Vivas: Sistema de utilização de plantas medicinais. 3. ed. Fortaleza: UFC, 2007.
- Pinto, Sandra de Souza et al. Efeitos cardiovasculares das hortaliças do gênero Allium. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 18, n. 2, p. 608-614, 2016.
- Hildebert Wagner; Sigrun Bladt. Plant Drug Analysis: A Thin Layer Chromatography Atlas. 2. ed. Berlin: Springer, 2001.










