A pizza congelada ou de fast-food, um dos alimentos ultraprocessados mais consumidos, é uma refeição prática. No entanto, o seu consumo diário representa uma carga inflamatória significativa para o corpo, contribuindo silenciosamente para o desenvolvimento de doenças crônicas através de seus ingredientes refinados e aditivos.
Por que a pizza ultraprocessada é tão inflamatória?
A base da pizza (massa) é feita de farinha branca refinada, que age como açúcar no corpo, causando picos de glicose e insulina. O molho industrializado frequentemente contém açúcares adicionados e óleos vegetais, aumentando a carga glicêmica.
Os queijos processados (análogos) e as carnes ultraprocessadas (pepperoni, calabresa) são ricos em gorduras saturadas, sódio excessivo e aditivos (como nitritos). Essa combinação aumenta o estresse oxidativo e a inflamação sistêmica.
No vídeo a seguir, a Nutricionista Dra. Graziele explica como a farinha branca refinada e o sódio afetam seu corpo:
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O que o excesso de ômega-6 dos óleos vegetais causa?
Pizzas industrializadas (especialmente as congeladas) usam óleos vegetais refinados (soja, milho) na massa e nos recheios por serem baratos. Esses óleos são excessivamente ricos em ácidos graxos Ômega-6.
Um desequilíbrio (muito Ômega-6 e pouco Ômega-3) promove a produção de compostos pró-inflamatórios no corpo. Isso contribui para a inflamação crônica de baixo grau que afeta as artérias e articulações.

Como essa dieta afeta a saúde intestinal?
Uma dieta ultraprocessada (rica em açúcar e gordura, pobre em fibras) alimenta bactérias “ruins” no intestino, causando disbiose (desequilíbrio da flora). Isso prejudica a barreira intestinal.
Uma barreira comprometida (“leaky gut”) permite que compostos inflamatórios (LPS) vazem para a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico (NIH) e aumentando a inflamação sistêmica.
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Quais são os riscos de longo prazo dessa inflamação?
A inflamação crônica de baixo grau não dói, mas danifica silenciosamente as artérias e células. É a raiz de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e resistência à insulina (pelo pico glicêmico constante).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que dietas ricas em gordura saturada, sódio e açúcares livres (o “trio” da pizza) são o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto.
Como posso fazer escolhas menos inflamatórias?
Reduzir a inflamação não significa eliminar a pizza, mas sim trocar a versão ultraprocessada (congelada/fast-food) pela versão caseira, onde você controla os ingredientes.
O foco deve ser maximizar nutrientes e fibras, transformando a pizza de uma fonte inflamatória em uma refeição equilibrada. As trocas mais saudáveis incluem:
- Massa: Trocar a farinha branca por farinha 100% integral ou massas alternativas (ex: couve-flor).
- Molho: Fazer um molho de tomate caseiro (rico em licopeno) sem açúcar ou óleos refinados.
- Queijo: Usar queijos frescos (mussarela de búfala) em vez de análogos processados.
- Cobertura: Priorizar vegetais (brócolis, pimentão) e proteínas magras em vez de carnes processadas (calabresa, bacon).









