O azeite de oliva está presente em cozinhas de diferentes países e, em 2025, segue como um dos óleos mais estudados pela ciência da nutrição. Extraído da azeitona por meio de processos de esmagamento e prensagem, esse óleo destaca-se pelo sabor marcante, pela composição de gorduras consideradas benéficas para o organismo e pelo papel em padrões alimentares como a dieta mediterrânea, frequentemente associados à saúde do coração, metabolismo e envelhecimento.
Quais são os principais nutrientes e compostos do azeite de oliva
A palavra-chave central, azeite de oliva, está diretamente ligada ao tipo de gordura que compõe esse alimento. A maior parte de suas calorias vem dos ácidos graxos monoinsaturados, principalmente o ácido oleico, associado em estudos a um melhor perfil de colesterol sanguíneo e possível redução de inflamação de baixo grau, como explica a pesquisa “Olive Oil in the Mediterranean Diet and Its Biochemical and Molecular Effects on Cardiovascular Health through an Analysis of Genetics and Epigenetics”.
O azeite oferece pequenas quantidades de vitamina E e vitamina K, além de compostos bioativos como polifenóis, tocoferóis, fitosteróis, lignanas e flavonoides. Em azeites classificados como extravirgem, a concentração desses compostos costuma ser maior, fator ligado a maior potencial antioxidante, sabor mais intenso e melhor preservação de aroma.

Como o azeite de oliva contribui para a saúde do coração
Entre os benefícios estudados, a relação entre azeite de oliva e saúde cardiovascular é uma das mais documentadas na literatura científica recente. Padrões alimentares que priorizam esse óleo, como a dieta mediterrânea, foram associados a menor risco de infarto e derrame, especialmente quando o azeite substitui gorduras saturadas, como manteiga e algumas gorduras animais.
A presença de gorduras monoinsaturadas pode contribuir para a redução do colesterol LDL e para a manutenção ou elevação do HDL. Além disso, compostos como oleocanthal e oleaceína podem ajudar a reduzir marcadores inflamatórios e processos de formação de placas nas artérias, o que apoia a prevenção da aterosclerose. Abaixo estão alguns dos efeitos mais citados em estudos:
- Melhora do perfil lipídico: apoio na redução do LDL e manutenção do HDL.
- Ação anti-inflamatória: compostos como oleocanthal e oleaceína são estudados por esse efeito.
- Proteção vascular: possível impacto positivo na função das artérias.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do Dr. Savioli:
@drsavioli_oficial Cuide do seu coração com o azeite, o óleo gordo que faz bem! Além de ser uma delícia na salada, o azeite é rico em ácidos graxos monoinsaturados, que ajudam a proteger o coração. Marque aquele amigo que precisa saber disso! #SaúdeDoCoração #AzeiteSaudável #BemEstar #CoraçãoProtegido #VidaSaudável ♬ som original – drsavioli_oficial
Como o azeite de oliva pode apoiar cérebro ossos e articulações
Pesquisas recentes investigam a relação entre azeite de oliva, função cognitiva e envelhecimento saudável. O conjunto de gorduras monoinsaturadas, vitamina E e polifenóis é avaliado em estudos que apontam menor risco de declínio cognitivo e alguns tipos de demência em pessoas que consomem esse óleo com frequência, especialmente dentro de um padrão alimentar equilibrado.
No campo da saúde óssea e articular, certos polifenóis do azeite parecem estimular a formação de massa óssea e limitar a reabsorção, o que pode ser relevante para idosos e mulheres após a menopausa. Em articulações, compostos com ação anti-inflamatória vêm sendo analisados em pessoas com osteoartrite e artrite reumatoide, sugerindo possível redução de dor e rigidez em determinados contextos clínicos.
- Cérebro: possível apoio à memória e à prevenção de declínio cognitivo.
- Ossos: polifenóis associados à formação óssea mais eficiente.
- Articulações: potencial auxílio na redução de dor e rigidez em doenças articulares.
Quais cuidados tomar ao usar e armazenar azeite de oliva corretamente
Embora o azeite de oliva traga diversos pontos positivos, é importante lembrar que se trata de uma gordura calórica concentrada. O consumo em excesso pode favorecer ganho de peso quando somado a uma dieta rica em energia, e algumas pessoas podem notar desconfortos gastrointestinais leves se ingerirem quantidades muito altas em curto período.
O modo de armazenamento influencia diretamente a qualidade do azeite, seu sabor e seu potencial antioxidante. O produto é sensível à luz, ao calor e ao ar, que aceleram a oxidação e podem levar à rancificação; por isso, recomenda-se frascos escuros, bem fechados, em local fresco, e evitar manter a mesma garrafa aberta por muitos meses.
- Guardar em ambiente fresco, seco e ao abrigo da luz.
- Fechar bem a embalagem entre os usos.
- Evitar recipientes transparentes expostos ao sol ou ao calor do fogão.
- Utilizar o azeite com regularidade e não prolongar demais o uso de frascos abertos.
No dia a dia, o azeite de oliva extravirgem pode ser incluído em saladas, legumes, grãos e marinadas, substituindo outras gorduras menos saudáveis. Quando utilizado com parcimônia e dentro de um padrão alimentar equilibrado, torna-se um aliado para quem busca cuidar do coração, da mente e de outros aspectos da saúde por meio da alimentação.







