O hábito de dormir com a televisão ligada é bastante comum em muitos lares brasileiros. Apesar de parecer uma prática inofensiva ou até relaxante para algumas pessoas, pesquisas recentes apontam que essa escolha pode impactar negativamente a qualidade do sono e, consequentemente, a saúde física e mental. A influência da luz e do som emitidos pelo aparelho vai além do simples incômodo, afetando processos biológicos essenciais durante o período de descanso.
Durante o sono, o organismo realiza funções fundamentais, como a regulação da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e da atividade dos vasos sanguíneos. A exposição contínua à claridade e aos ruídos da televisão pode interromper esses mecanismos, trazendo consequências para o sistema cardiovascular. Estudos realizados em 2024 destacam que o repouso interrompido por estímulos externos pode aumentar o risco de hipertensão, doenças cardíacas e até acidentes vasculares cerebrais.
Como a luz da televisão interfere no sono?
A luz artificial, especialmente a emitida por telas, exerce um papel importante na regulação do ciclo sono-vigília. O cérebro interpreta essa iluminação como se fosse luz natural, o que pode confundir o relógio biológico interno. Esse processo é mediado pelo sistema circadiano, responsável por organizar os ritmos do corpo, incluindo o sono. Quando há exposição à luz durante a noite, ocorre uma redução na produção de melatonina, hormônio essencial para induzir e manter um sono profundo e reparador.
Quais riscos existem ao dormir com a televisão ligada?
Além de dificultar o início do sono, a presença constante de luz e som pode tornar o descanso mais superficial e fragmentado. Pessoas que mantêm a televisão ligada durante a noite relatam maior frequência de despertares e sensação de cansaço ao acordar. Entre os principais riscos associados a esse hábito, destacam-se:
- Interrupção do ciclo do sono: O sono fragmentado impede que o corpo alcance as fases mais profundas e restauradoras.
- Estresse cardiovascular: A exposição contínua à luz e ao som pode elevar a pressão arterial e aumentar o risco de problemas cardíacos.
- Redução da produção de melatonina: A luz artificial suprime esse hormônio, dificultando o adormecer e a manutenção do sono.
- Prejuízo ao bem-estar mental: O sono de má qualidade está associado a alterações de humor, dificuldade de concentração e menor desempenho cognitivo.

É prejudicial ligar a luz durante a noite?
Muitas pessoas acreditam que uma luz fraca, como a de um abajur ou do corredor, não traz grandes prejuízos ao sono. No entanto, especialistas alertam que qualquer tipo de iluminação pode afetar o sistema circadiano. Mesmo uma breve exposição, como acender a luz para ir ao banheiro, pode ser suficiente para interromper a produção de melatonina. Isso resulta em maior dificuldade para voltar a dormir e aumenta a fragmentação do sono.
- Evitar o uso de aparelhos eletrônicos no quarto, principalmente antes de dormir.
- Optar por ambientes escuros ou com iluminação mínima durante a noite.
- Manter uma rotina regular de horários para dormir e acordar.
- Buscar alternativas relaxantes, como leitura ou meditação, para facilitar o sono.
Como melhorar a qualidade do sono?
Adotar hábitos saudáveis pode contribuir para noites mais tranquilas e restauradoras. Priorizar um ambiente escuro, silencioso e confortável é fundamental para que o corpo realize todas as funções necessárias durante o repouso. A substituição do uso da televisão por atividades relaxantes, como ouvir música suave ou praticar técnicas de respiração, pode favorecer o relaxamento e a indução ao sono profundo. Para quem não consegue abrir mão completamente, alguns especialistas sugerem utilizar recursos de temporizador em televisores modernos, permitindo que o aparelho desligue automaticamente, minimizando os efeitos prejudiciais.
Em 2025, com o avanço das pesquisas sobre o sono, torna-se cada vez mais evidente a importância de respeitar o ciclo natural do corpo. Pequenas mudanças na rotina noturna podem fazer grande diferença na saúde a longo prazo, promovendo mais disposição, equilíbrio emocional e bem-estar geral.










