Começar o dia rolando o feed de notícias coloca o cérebro em um estado de alerta e reatividade antes mesmo de você sair da cama. Evitar as telas nos primeiros 20 minutos permite que o sistema nervoso desperte gradualmente, preservando a energia mental para prioridades reais e reduzindo significativamente a ansiedade matinal.
Por que o cérebro precisa de uma transição suave ao acordar?
Ao despertar, o cérebro transita de ondas cerebrais lentas (Delta e Theta), típicas do sono e relaxamento profundo, para ondas de alerta (Beta). Bombardeá-lo imediatamente com luz azul e informações força uma transição abrupta e estressante.
Essa mudança brusca impede que a mente complete o ciclo natural de despertar. Em vez de começar o dia com clareza e calma, o cérebro é forçado a processar estímulos complexos instantaneamente, o que pode levar à fadiga mental precoce.

O hábito de checar notificações aumenta o cortisol?
Sim. Ver e-mails de trabalho, notícias ruins ou redes sociais logo cedo ativa a amígdala, o centro do medo e da emoção no cérebro. Isso dispara o sistema nervoso simpático, liberando uma dose desnecessária de cortisol (hormônio do estresse).
Começar o dia nesse estado de “luta ou fuga” deixa o corpo em alerta máximo sem necessidade. Harvard Health explica que a luz e o estímulo digital desregulam o ritmo natural do corpo, impactando o humor e a resiliência ao estresse ao longo do dia.
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Como esse período offline protege o seu foco?
A exposição imediata à “agenda dos outros” (mensagens e e-mails) coloca você em um modo reativo, fragmentando a atenção. O córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e foco, tem recursos limitados que são drenados por essa multitarefa inicial.
Ao preservar esses primeiros minutos, você permite que o cérebro defina suas próprias intenções. Isso fortalece a capacidade de concentração profunda (deep work) e melhora a tomada de decisões estratégicas.
No vídeo a seguir, o Dr. Julio Cesar Luchmann com mais de 2,7 milhões de seguidores, explica o porquê de não pegar o celular ao acordar:
Quais benefícios mentais surgem ao evitar as telas?
Substituir o consumo passivo de informação por atividades de baixo estímulo ajuda a regular a dopamina. O cérebro deixa de depender da gratificação instantânea digital para se sentir bem.
Essa “higiene mental” matinal protege a reserva cognitiva e estabiliza o humor. Ao evitar o celular, você cultiva benefícios psicológicos imediatos que definem o tom do resto do dia:
- Redução da ansiedade: Menos comparação social e preocupação com problemas externos.
- Maior presença: Conexão real com o ambiente e com as pessoas ao redor.
- Clareza mental: Espaço para pensamentos criativos e organização interna.
- Controle emocional: Menor reatividade a imprevistos e estresses cotidianos.
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O que fazer nesses 20 minutos para ativar a mente?
O objetivo é realizar atividades que sinalizem ao corpo que o dia começou, sem gerar estresse. A exposição à luz natural é a melhor opção, pois regula o ritmo circadiano e melhora a disposição.
Outras opções incluem hidratação, arrumar a cama (uma “pequena vitória” imediata) ou alongamento leve. Essas ações liberam neurotransmissores de bem-estar de forma natural, sem o pico e a queda brusca associados ao uso de telas.









