O jiló (Solanum gilo) é uma planta amplamente conhecida na culinária brasileira e também reconhecida por seu potencial no apoio à saúde. Estudos científicos identificam seus princípios ativos como associados a diferentes benefícios, sendo cada vez mais referenciada em pesquisas sobre plantas medicinais e usos terapêuticos.
- Atividade antioxidante que protege células contra radicais livres
- Ação anti-inflamatória relevante para alívio de processos inflamatórios
- Potencial hepatoprotetor para proteção do fígado
A valorização das propriedades curativas do jiló está diretamente ligada ao seu uso tradicional em diferentes regiões e às evidências recentes vindas de estudos científicos publicados em periódicos e livros acadêmicos. Esta abordagem permite compreender, de maneira acessível, como o uso do alimento pode contribuir para a promoção da saúde e enfrentar desafios comuns relacionados à inflamação, estresse oxidativo e sobrecarga hepática.
Como funciona a atividade antioxidante do jiló?
O jiló concentra flavonoides e compostos fenólicos que desempenham importante função antioxidante, neutralizando radicais livres e diminuindo os danos oxidativos às células. Tais fitoquímicos atuam na prevenção de diversas doenças crônicas promovidas pelo estresse oxidativo, como destacam investigações publicadas por Barbosa-Filho, José Mário e colaboradores.
“O alto conteúdo de polifenóis presentes no jiló confere propriedades antioxidantes expressivas, que contribuem para a redução de danos celulares causados pelo estresse oxidativo.” (BARBOSA-FILHO, J.M. et al., 2014).
O jiló possui propriedade anti-inflamatória comprovada?
Estudos demonstram que o jiló contém alcaloides e compostos bioativos capazes de modular respostas inflamatórias no organismo. Esses constituintes agem inibindo mediadores inflamatórios, ajudando no alívio de sintomas relacionados a condições como artrite, dores localizadas e desconforto digestivo. A conexão entre a presença de tais compostos e o controle da inflamação é detalhada por Viana, G.S.B. e colaboradores no periódico brasileiro de farmácia medicinal.
“O extrato do jiló apresenta atividade anti-inflamatória, evidenciada pela inibição do edema em modelos experimentais, o que apoia seu uso tradicional na redução de processos inflamatórios.” (VIANA, G.S.B. et al., 2003).

O jiló realmente pode proteger o fígado?
A atuação hepatoprotetora do jiló foi objeto de diferentes pesquisas, que destacam seu potencial na proteção das células hepáticas diante de intoxicações e excesso de radicais livres. Os compostos amargos e alcaloides presentes na planta atuam na prevenção de danos oxidativos e na regeneração dos tecidos hepáticos, conforme abordado por Matos, Francisco José de Abreu em sua referência clássica sobre plantas medicinais.
“Relatos experimentais demonstram que o consumo do jiló contribui para a proteção do fígado, indicando ação protetora frente a agentes tóxicos diversos.” (MATOS, F.J.A., 2007).
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Como o jiló é utilizado tradicionalmente e quais são as dicas práticas?
Além de suas propriedades medicinais descritas em pesquisas acadêmicas, o jiló é frequentemente incluído em preparos culinários regionais. Seu sabor característico permite a introdução gradual em refogados, grelhados ou sucos naturais. Pode ser utilizado também em infusões para auxiliar no alívio de desconfortos digestivos, seguindo a recomendação de não exagerar na quantidade em caso de sensibilidade gástrica. Plantas da família Solanaceae têm histórico de uso tradicional em rins, fígado e sistema digestivo, fator reforçado por dados de estudos etnobotânicos e fitoterápicos.
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Quais evidências científicas comprovam o potencial terapêutico do jiló?
- O jiló concentra compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e protetores do fígado, demonstrando ampla atuação comprovada em diferentes estudos.
- Referências científicas brasileiras e internacionais reforçam seu uso para proteção e apoio a sistemas essenciais do organismo.
- Diversos modos de preparo podem ser aproveitados para inserir a planta na rotina, respeitando práticas tradicionais e dicas validadas por pesquisas.
Referências bibliográficas
- BARBOSA-FILHO, José Mário et al. Extracts and fractions from Solanum species as sources of antioxidants. Journal of Medicinal Food, v. 17, n. 10, p. 1047-1054, 2014.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego. Fortaleza: UFC, 2007.
- VIANA, G.S.B. et al. Anti-inflammatory activity of extracts from Solanum species. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 39, n. 3, p. 403-408, 2003.
- FERREIRA, Francisco A.; FONSECA, Mariana R. Etnobotânica e uso tradicional de solanáceas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 10, n. 2, p. 173-179, 2008.










