A creatina é um dos suplementos mais estudados do mundo e seus efeitos no corpo são amplamente reconhecidos pela ciência. Naturalmente produzida pelo organismo e também obtida por meio da alimentação, ela atua diretamente na produção de energia, especialmente durante esforços intensos e de curta duração. Entender o que acontece no corpo ao usá-la ajuda a esclarecer mitos e a compreender seus reais benefícios.
Aumento da energia muscular
A principal função da creatina é aumentar os estoques de fosfocreatina dentro das células musculares. Esse composto é fundamental para regenerar rapidamente o ATP, a molécula que fornece energia imediata para movimentos explosivos.
Quando há maior disponibilidade de fosfocreatina, o corpo consegue:
- produzir energia mais rápido;
- sustentar esforços intensos por mais tempo;
- melhorar o desempenho em atividades como musculação, sprints e treinos de potência.

Melhora da força e do desempenho físico
Com mais energia disponível nos músculos, o desempenho tende a melhorar. Estudos mostram que a suplementação de creatina contribui para:
- aumento da força,
- melhora da performance em treinos pesados,
- maior capacidade de realizar séries e repetições,
- recuperação mais eficiente entre esforços.
Esse efeito é especialmente visível em exercícios anaeróbios, que dependem do sistema de energia rápida.
Confira o vídeo abaixo publicado no canal do TikTok Viva Melhor (@vivamelhor), destacando os benefícios ao consumir creatina diariamente.
Retenção de água intracelular
Ao entrar no músculo, a creatina atrai água para dentro da célula. Esse processo causa uma leve retenção hídrica, mas dentro do músculo, e não sob a pele. É por isso que muitas pessoas relatam sensação de volume muscular ou “inchaço” leve no início do uso.
Esse aumento de hidratação também favorece o ambiente celular, ajudando na construção muscular e reduzindo o risco de fadiga.
Estímulo ao ganho de massa muscular
A creatina não é um hormônio e não age como esteroide, mas favorece o crescimento muscular por vias indiretas. Isso ocorre porque:
- aumenta a energia disponível para treinar pesado;
- melhora a recuperação muscular;
- favorece a hidratação celular;
- estimula processos que contribuem para a síntese de proteína.
Com treinos consistentes, esses fatores ajudam no ganho de massa magra.
Benefícios cognitivos
Fora dos músculos, a creatina também atua no cérebro. O órgão utiliza grandes quantidades de energia, e a fosfocreatina auxilia no suporte metabólico cerebral, especialmente em situações de privação de sono ou alta demanda cognitiva.
Estudos indicam que a creatina pode:
- melhorar tempo de reação;
- auxiliar na memória de curto prazo;
- reduzir sensação de fadiga mental.
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Há efeitos colaterais?
A creatina é considerada segura para a maioria das pessoas quando usada nas doses recomendadas (geralmente 3 a 5 g por dia). Possíveis desconfortos incluem:
- leve retenção de água;
- desconfortos gastrointestinais, caso seja ingerida em excesso;
- sensação de estômago pesado, quando consumida em grandes doses de uma vez.
Pessoas com problemas renais devem buscar orientação médica antes de iniciar o uso.
Como usar no dia a dia?
A forma mais estudada e recomendada é a creatina monohidratada. Pode ser consumida em:
- água;
- sucos;
- pré ou pós-treino;
- junto de alguma refeição.
O horário não importa tanto; o que faz diferença é o uso contínuo.









