No verão, a resistência em mergulhar na piscina é mais comum do que muitos imaginam, ainda que ambientes aquáticos estejam frequentemente ligados à diversão e férias. Segundo estudiosos da psicologia, essa recusa pode ser resultado de fatores emocionais, sensoriais e sociais, que explicam o desconforto em locais com água como piscinas.
Como emoções e experiências influenciam a relação com a piscina
A evitação da piscina não costuma mostrar rejeição à água em si, e sim ao contexto emocional presente nesses espaços. De acordo com a psicologia clínica, evitar a piscina pode refletir questões de exibição, comparação ou sensação de julgamento social. Esses fatores podem ativar mecanismos de defesa e fazer com que algumas pessoas busquem distância desse ambiente aquático.
Do ponto de vista emocional, sentimentos de desconforto são comuns quando o corpo está exposto ou a água representa um ambiente inseguro. Além disso, quem já passou por experiências negativas em piscinas pode associar esses locais a estados de ansiedade.

Quais fatores desencadeiam ansiedade em relação à piscina
Muitas pessoas podem sentir gatilhos emocionais quando confrontadas com situações envolvendo piscinas, especialmente ligadas à própria imagem ou vivências traumáticas. A psicologia observa que o pânico relacionado à piscina pode aumentar quando o medo não é enfrentado, prejudicando ainda mais a relação com o ambiente aquático.
Para ajudar a entender melhor esse comportamento, reunimos os principais motivos frequentemente relatados por quem evita piscinas no verão:
- Ansiedade com a imagem corporal: Trajes de banho e exposição aumentam o desconforto ou sensação de julgamento, conforme explicado pelo conceito de social physique anxiety.
- Medo da água: Vivências passadas negativas, insegurança para nadar ou falta de controle podem causar ansiedade, segundo a especialista Laura Walton.
- Sensação de vulnerabilidade: O ambiente coletivo da piscina expõe as pessoas a observação, tornando o momento estressante para quem é mais autoconsciente.
Por que nem todos associam o verão a diversão nas piscinas
Apesar do estereótipo do verão divertido na água, essa estação pode aumentar a pressão social para participar de atividades grupais. Muitos preferem locais mais controlados e tranquilos, reduzindo os estímulos relacionados à piscina, por buscarem mais conforto emocional.
A psicóloga argentina, Lic. Gabriela Martínez, aponta que a estação pode ativar comparações corporais e exigências sociais, o que prejudica o bem-estar emocional de algumas pessoas e motiva o afastamento de ambientes aquáticos, mesmo durante o verão.
Evitar piscinas pode ser considerado uma questão de autocuidado
Optar por não usar a piscina não é sinônimo de evitar o verão, de ter problemas sociais ou de alguma peculiaridade indesejada. Em muitos casos, configura simplesmente uma preferência pessoal válida, ou ainda uma forma de autocuidado diante de experiências, sensibilidades e limites individuais.
Respeitar o modo como cada um prefere ocupar esses espaços é essencial para que todos possam se sentir confortáveis consigo mesmos. Para algumas pessoas, isso significa também valorizar escolhas e limites próprios, mesmo em cenários amplamente associados ao lazer aquático.









