O quiabo (Abelmoschus esculentus) é uma planta amplamente conhecida em diversas regiões do Brasil, destacando-se não apenas pelo uso culinário, mas também por suas propriedades curativas valorizadas na medicina tradicional. Devido ao seu baixo custo e facilidade de cultivo, o quiabo tem atraído atenção de pesquisadores interessados em identificar e comprovar seus benefícios terapêuticos com base científica.
Três benefícios de destaque associados ao quiabo são:
- Ação anti-inflamatória, auxiliando no controle de processos inflamatórios;
- Potencial antioxidante, contribuindo para a proteção celular contra os radicais livres;
- Regulação da glicemia, sendo estudado como complemento para manutenção dos níveis de açúcar no sangue.
Além desses aspectos, os compostos bioativos encontrados no quiabo têm despertado interesse para aplicações terapêuticas diversas. Este artigo apresenta as principais propriedades medicinais do quiabo, com base em resultados de estudos reconhecidos e experiências populares validadas pela ciência.
Como o quiabo pode ajudar em processos inflamatórios?
Entre os diversos benefícios do quiabo, destaca-se a presença de polissacarídeos com comprovada atividade anti-inflamatória. Esses compostos ajudam a reduzir respostas inflamatórias, podendo atuar em casos de inflamações crônicas e agudas. A atuação se dá por meio da inibição de mediadores inflamatórios importantes, mecanismo descrito em literatura científica revisada.
“O extrato aquoso de quiabo apresenta significativa redução em mediadores inflamatórios, o que justifica seu uso popular em processos inflamatórios leves e moderados.” (ALMEIDA, 2010).
O quiabo tem ação antioxidante relevante?
O quiabo contém uma combinação relevante de flavonoides e vitamina C, elementos responsáveis por sua capacidade antioxidante. Essa propriedade é fundamental para combater o estresse oxidativo, prevenindo o dano celular causado pelos radicais livres. Em pesquisas laboratoriais, esses componentes apresentaram resultados satisfatórios na eliminação de agentes oxidantes, servindo de base para aplicações funcionais.
“A atividade antioxidante dos extratos de quiabo tem relação direta com sua quantidade de compostos fenólicos, que se mostram eficazes na neutralização dos radicais livres.” (AGUIAR; SILVA, 2013).
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O quiabo pode auxiliar no controle da glicemia?
Um dos usos terapêuticos mais investigados do quiabo é sua contribuição para o controle da glicemia. Polissacarídeos solúveis presentes no alimento retardam a absorção de carboidratos, auxiliando na manutenção de níveis equilibrados de glicose no sangue. Trabalhos recentes sugerem que a inclusão do quiabo em dietas pode ser uma opção coadjuvante no gerenciamento do diabetes, tema amplamente discutido por pesquisadores da área.
“O consumo regular de quiabo demonstrou redução significativa dos índices glicêmicos em estudos experimentais com humanos, reforçando seu papel como alimento funcional para diabéticos.” (ADEJUMO et al., 2021).
No cotidiano, a forma mais usual de consumo é cozido, sendo recomendado incorporar o quiabo em sopas, refogados ou ensopados, aproveitando sua mucilagem rica em fibras solúveis.
Quais são os benefícios digestivos do quiabo?
Além dos benefícios já citados, o quiabo é conhecido na medicina tradicional por facilitar a digestão, graças ao seu teor de mucilagem e fibras. Essas substâncias promovem o melhor funcionamento intestinal e protegem a mucosa digestiva, recomendando-se o consumo regular como estratégia preventiva.
- Para aproveitar suas propriedades digestivas, recomenda-se o preparo de quiabo levemente cozido, a fim de preservar o efeito das fibras;
- Pessoas com problemas intestinais podem ingerir o quiabo sob orientação de um profissional de saúde;
- A mucilagem presente auxilia no alívio de processos irritativos do trato gastrointestinal.
“A inclusão do quiabo em dietas de pacientes com distúrbios intestinais se mostrou eficiente na promoção de trânsito intestinal saudável e proteção das mucosas.” (MONTEIRO, 2016).
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O que dizem as evidências científicas sobre o potencial do quiabo?
- O quiabo apresenta ação comprovada contra inflamações, com respaldo em estudos acadêmicos;
- Sua capacidade antioxidante e efeito no metabolismo da glicose comprovam potencial terapêutico;
- As referências científicas destacam a importância do uso consciente e orientado do quiabo como planta medicinal.
Referências bibliográficas
- AGUIAR, Antonio C.; SILVA, Mônica S. Propriedades antioxidantes do quiabo e aplicações funcionais. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 23, n. 4, p. 815-822, 2013.
- ALMEIDA, Rafael Nunes. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: UFC, 2010.
- ADEJUMO, T.O. et al. Assessment of glycemic indices of Abelmoschus esculentus incorporated meals in diabetic subjects. Journal of Food Biochemistry, v. 45, n. 7, e13773, 2021.
- MONTEIRO, Luciana Penha. Plantas medicinais e saúde digestiva. São Paulo: Manole, 2016.
