O salsão (Apium graveolens) é uma planta tradicionalmente utilizada tanto para fins culinários quanto medicinais. Ao longo da história, seu uso foi documentado em diferentes culturas, especialmente devido às suas propriedades fitoterápicas apoiadas por pesquisas contemporâneas. Atualmente, o salsão se destaca pelos seus compostos bioativos, que promovem efeitos benéficos à saúde e contribuem para um estilo de vida equilibrado.
- Ação anti-inflamatória comprovada em estudos clínicos
- Potencial antioxidante para proteção das células contra radicais livres
- Propriedade diurética que auxilia na eliminação de toxinas
Como funciona a propriedade anti-inflamatória?
A ação anti-inflamatória do salsão é atribuída principalmente aos flavonoides e ácidos fenólicos presentes na planta, como a apiína e a luteolina. Essas substâncias modulam mediadores inflamatórios e auxiliam na redução de sintomas relacionados a processos inflamatórios crônicos, colaborando com a saúde articular e vascular. Estudos científicos reconhecem a importância do salsão como componente funcional na prevenção de doenças inflamatórias, como descrito por Francisco José de Abreu Matos em obra referência na área.
“A presença de apiína e outros polifenóis no salsão demonstra atuação eficaz no controle da inflamação, principalmente em casos de reumatismos e distúrbios articulares.” (MATOS, 2009).
O que há de especial na ação antioxidante?
O potencial antioxidante do salsão originado de seus flavonoides, vitamina C e compostos fenólicos auxilia no combate ao estresse oxidativo no organismo. Esses fitoquímicos interrompem a formação de radicais livres, ajudando a preservar a integridade celular e retardar o envelhecimento precoce. Segundo Wagner e Bladt, análises laboratoriais evidenciam a expressiva capacidade antioxidante do salsão, fundamentando seu uso como alimento funcional.
“Extratos da planta demonstraram significativa atividade antioxidante, indicando proteção às células contra danos oxidativos, especialmente devido à luteolina e apigenina.” (WAGNER; BLADT, 2001).

Quais são os benefícios diuréticos e depurativos do salsão?
A propriedade diurética do salsão favorece a eliminação de líquidos e toxinas pelo organismo, colaborando na manutenção do equilíbrio hídrico e na saúde dos rins. Tal efeito é atribuído à forte presença de óleos essenciais, como limoneno e apiol, que estimulam a excreção urinária e podem auxiliar no controle da pressão arterial. Rafael Cechinel Filho destaca que estes compostos justificam o emprego do salsão em práticas terapêuticas naturais para depuração corporal.
“O consumo regular do salsão apresenta efeito diurético significativo, promovendo aumento no volume urinário e potencializando a eliminação de substâncias nocivas.” (CECHINEL FILHO, 2012).
Quais são outros benefícios medicinais e como preparar?
Além das ações já mencionadas, o salsão demonstra propriedades auxiliares na digestão, podendo aliviar desconfortos gástricos leves devido à presença de fibras e compostos amargos estimulantes da motilidade intestinal. Para incorporá-lo no dia a dia, é possível utilizar tanto os talos crus em saladas quanto preparar infusões com folhas — prática comum em fitoterapias tradicionais. Pessoas com predisposição a cálculos renais devem consultar profissionais de saúde para uso adequado da planta. Em abordagens mais recentes, estudos em Florianópolis e outras regiões têm avaliado o potencial do salsão no auxílio ao manejo da hipertensão, ampliando o leque de benefícios terapêuticos da planta.
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Por que o salsão é considerado uma planta versátil e respaldada pela ciência?
- O salsão se destaca por seus compostos bioativos de comprovada ação anti-inflamatória, antioxidante e diurética.
- Referências científicas comprovam os benefícios terapêuticos em diversos sistemas do organismo.
- A inclusão equilibrada do salsão na rotina pode contribuir para a promoção de saúde, sempre com acompanhamento profissional.
Referências bibliográficas
- CECHINEL FILHO, Rafael. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. 3. ed. Florianópolis: UFSC, 2012.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: Editora da UFC, 2009.
- WAGNER, H.; BLADT, S. Plant Drug Analysis: A Thin Layer Chromatography Atlas. 2. ed. Berlin: Springer, 2001.
- WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Monographs on Selected Medicinal Plants. Genebra: WHO, 1999.









