O kiwi (Actinidia deliciosa) destaca-se no universo das plantas medicinais pelos seus compostos bioativos e suas amplas aplicações terapêuticas. Conhecido pelo sabor refrescante, esse fruto reúne importantes propriedades curativas reconhecidas pela literatura científica e pela tradição popular. Agraciado com uma combinação única de substâncias antioxidantes e nutrientes essenciais, o kiwi tem recebido cada vez mais atenção em artigos científicos desde a década de 2000.
Entre os benefícios mais estudados, destacam-se:
- Ação antioxidante na prevenção do envelhecimento celular;
- Potencial anti-inflamatório no equilíbrio do sistema imunológico;
- Efeitos protetores para o sistema digestivo graças à riqueza em fibras e enzimas naturais.
Ação antioxidante e combate aos radicais livres
A ação antioxidante do kiwi é atribuída principalmente à elevada concentração de vitamina C, polifenóis e carotenóides. Estes compostos neutralizam radicais livres, reduzindo danos oxidativos nas células do organismo. Segundo pesquisas recentes, o consumo regular da fruta associa-se a uma melhora significativa dos biomarcadores oxidativos, beneficiando a saúde cardiovascular e a integridade da pele (conforme detalhado em estudos do pesquisador Stewart).
“A Actinidia deliciosa possui elevados níveis de antioxidantes naturais, incluindo vitamina C, ácido gálico e quercetina, conferindo potencial relevante na prevenção do dano oxidativo celular.” (STEWART, 2011).
Efeito anti-inflamatório e modulação do sistema imunológico
Outra importante propriedade medicinal do kiwi refere-se à sua capacidade anti-inflamatória, proporcionada pela presença de flavonoides, como catequina e epicatequina, que auxiliam na redução de marcadores inflamatórios. Esses compostos ativos desempenham papel fundamental na modulação do sistema imunológico, podendo contribuir para o equilíbrio de respostas inflamatórias em diferentes tecidos. Como explica a pesquisa conduzida por Chang e colaboradores, a utilização desse fruto pode ser benéfica para doenças associadas à inflamação crônica.
“Extratos de kiwi demonstraram, em modelo experimental, redução significativa de interleucinas pró-inflamatórias, sugerindo ação anti-inflamatória sistêmica.” (CHANG et al., 2018).

Quais os benefícios digestivos do kiwi?
O kiwi é reconhecido cientificamente por favorecer a digestão devido ao seu teor elevado de fibras alimentares e à presença da enzima actinidina, que auxilia na quebra de proteínas alimentares. Essa combinação reduz desconfortos gástricos, previne constipação e melhora a regularidade intestinal, como demonstrado em estudos recentes publicados pela revista científica Advances in Food and Nutrition Research.
“A actinidina presente no kiwi acelera a degradação de proteínas no estômago, melhorando a eficiência digestiva em humanos.” (BOLAND, 2013).
Outros usos e formas de consumo seguro
Além das propriedades medicinais já apresentadas, o kiwi pode ser consumido fresco, em sucos, saladas ou como parte de receitas naturais. Sugere-se a ingestão moderada da fruta in natura para garantir a absorção ideal dos compostos bioativos. Dica prática: pode-se combinar kiwi com outras frutas ricas em fibras ou preparar saladas funcionais para potencializar efeitos benéficos ao trato digestivo.
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Evidências científicas e aprendizados essenciais
- O kiwi apresenta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e digestivas comprovadas por pesquisas recentes.
- O consumo regular da fruta contribui para a modulação do sistema imunológico e prevenção de danos oxidativos celulares.
- A literatura acadêmica destaca o papel dos compostos fenólicos, vitamina C e da enzima actinidina como responsáveis pelos efeitos terapêuticos observados.
Referências bibliográficas
- BOLAND, Mike J. Kiwifruit: Enzymes and Health Benefits. Advances in Food and Nutrition Research, v. 68, p. 125-140, 2013.
- CHANG, Wen-Ching et al. Anti-inflammatory Effects of Kiwifruit Extracts. Journal of Food and Drug Analysis, v. 26, n. 2, p. 865-872, 2018.
- STEWART, Jenny C. Kiwi fruit: Nutritional benefits and antioxidant properties. Journal of Medical Food, v. 14, n. 4, p. 405-410, 2011.
- WANG, Hong et al. Actinidia deliciosa fruit extracts: Effects on antioxidative markers. Food Chemistry, v. 134, n. 4, p. 2172-2177, 2012.










