A demência é uma grande preocupação global de saúde, afetando milhões de pessoas somente nos Estados Unidos. Com estimativas que sugerem que o número de casos pode dobrar até 2060, a ênfase agora está na prevenção e na compreensão dos fatores de risco como estratégia para reduzir novos casos e retardar a progressão da doença.
Quais fatores aumentam o risco de demência?
Nos últimos anos, pesquisas vêm associando diferentes fatores à demência. Um estudo recente do Reino Unido identificou 11 elementos preditivos, reforçando o papel do mapeamento de riscos na prevenção da doença.
Conheça esses fatores abaixo, considerados cruciais pelo projeto UK Biobank Dementia Risk Score (UKBDRS):
- Idade avançada
- Nível educacional
- Histórico familiar de demência
- Condições de pobreza
- Histórico de diabetes
- Acidente vascular cerebral (AVC)
- Hipertensão
- Depressão
- Colesterol alto
- Ser do sexo masculino
- Viver sozinho

Como o gênero e o isolamento social aumentam o risco de demência?
O estudo revelou que o gênero masculino implica maior risco de desenvolver demência, algo atribuído a comportamentos como tabagismo, consumo de álcool e menos acompanhamento médico.
Além disso, o isolamento social agrava o risco, especialmente entre pessoas que vivem sozinhas ou em situações de pobreza, aumentando a exposição a estresse e complicações cognitivas.
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Impacto do isolamento social e da pobreza no desenvolvimento da demência
A solidão e a falta de recursos básicos estão diretamente ligadas ao aumento do estresse, um fator conhecido por acelerar o declínio cognitivo. Indivíduos idosos isolados têm até 31% mais chances de desenvolver demência.
Populações com dificuldade de acesso a necessidades essenciais, como alimentação e moradia, ficam ainda mais vulneráveis à progressão da doença, demonstrando a importância de políticas públicas nessa área.
@nuncavi1cientista Os 14 fatores de risco pra desenvolver demências que são modificáveis: 1. Menor escolaridade 2. Perda auditiva não tratada 3. Colesterol LDL alto 4. Pressão alta 5. Tabagismo 6. Obesidade 7. Depressão 8. Inatividade física 9. Diabetes 10. Consumo excessivo de álcool 11. Traumatismo cranioencefálico 12. Poluição do ar 13. Isolamento social 14. Perda de visão não tratada Bora prestar mais atenção no convívio social? Manda mensagem agora pros amigos! Sextou! Artigo da the lancet: Livingston G, et al. Dementia prevention, intervention, and care: 2024 report of the Lancet standing Commission. Lancet. 2024 Aug 10;404(10452):572-628. doi: 10.1016/S0140-6736(24)01296-0. #ciencia #cienciaparatodos #stemtok #aprendanotiktok #reelsinformativo ♬ som original – Nunca vi 1 Cientista
Como as pesquisas podem transformar o enfrentamento da demência?
Apesar dos avanços dos estudos, como o UKBDRS, ainda existem limitações devido à falta de avaliações clínicas padronizadas nos participantes. O aprimoramento das metodologias permitirá intervenções e diagnósticos ainda mais precoces.
A busca por fatores de risco precisos poderá, em breve, oferecer estratégias de prevenção baseadas em evidências, elevando a qualidade de vida de quem está em risco.
Em resumo, a compreensão dos fatores modificáveis e não modificáveis que contribuem para a demência é fundamental para estabelecer estilos de vida mais saudáveis e promover políticas públicas efetivas. A adoção preventiva dessas estratégias pode tornar a luta contra a doença mais eficiente e ampla no futuro.







