Os Sonhos, fenômenos noturnos que intrigam a humanidade desde tempos imemoriais, variam significativamente em suas manifestações e na capacidade das pessoas de relembrá-los ao despertar. Enquanto alguns indivíduos conseguem descrever com detalhes vivas narrativas experimentadas durante o sono, outros acordam apenas com a vaga impressão de que algo ocorreu em suas mentes durante a noite. Essa diversidade de experiências pode ser atribuída a diferentes fatores, entre eles o momento do despertar, a personalidade, e até mesmo o estado de saúde mental e física do sonhador.
Estudos apontam que há uma correlação significativa entre o momento do despertar e a lembrança dos Sonhos. Especialistas explicam que ao acordar durante a fase REM do sono, que é caracterizada por intensa atividade cerebral e onde ocorrem os Sonhos mais vívidos, as chances de recordação aumentam consideravelmente. Portanto, pessoas que possuem sono fragmentado, despertando várias vezes durante a noite, tendem a se lembrar mais dos seus Sonhos, não porque sonhem mais, mas devido às interrupções dos ciclos do sono.
Como a personalidade influencia na lembrança dos Sonhos?
A personalidade também desempenha um papel decisivo na capacidade de recordação dos Sonhos. Indivíduos mais imaginativos ou com uma inclinação a atribuir significado simbólico aos Sonhos frequentemente relatam lembranças mais frequentes e detalhadas. A psicologia sugere que essas pessoas, muitas vezes, não acordam com as memórias claras imediatamente, mas conseguem recuperá-las ao longo do dia, especialmente se estiverem engajadas em atividades introspectivas, como a terapia.
A capacidade de memorização contribui para essa habilidade de rememorar os Sonhos. Aqueles dotados de boa capacidade para aprender e reter informações durante a vida cotidiana, possivelmente também apresentarão facilidade para reter as narrativas noturnas. Essa correlação varia conforme fatores como idade, já que, naturalmente, o sono REM tende a diminuir com o avanço dos anos, o que pode influenciar a retenção de memórias dos Sonhos.
Qual a qualidade do sono e o impacto dos medicamentos?
A qualidade do sono e o uso de certos medicamentos são fatores determinantes nas experiências oníricas e na capacidade de recordá-las. Problemas de sono, como a apneia, e substâncias que afetam o sistema nervoso central, como o álcool e certos ansiolíticos, podem influenciar negativamente o padrão do sono REM, reduzindo as chances de lembrar dos Sonhos. Medicamentos que interferem na neurotransmissão cerebral podem aumentar tanto a recordação quanto a frequência de pesadelos, alterando a arquitetura do sono.
A interrupção do uso de certos remédios também pode causar efeitos notáveis nos Sonhos, levando a um retorno mais intenso e frequente das experiências oníricas. Medicamentos antidepressivos e sedativos, por exemplo, são conhecidos por induzir alterações no conteúdo dos Sonhos ao serem descontinuados, intensificando sensações e cenários oníricos já vivenciados.
O que pode ser feito para lembrar melhor dos Sonhos?
Métodos práticos podem ser empregados para melhorar a lembrança dos Sonhos. Manter um diário de Sonhos ao lado da cama e anotar qualquer fragmento logo ao despertar é uma técnica eficaz para fortalecer a conexão entre os Sonhos e a memória consciente. Além disso, estabelecer uma rotina de sono regular e evitar interrupções pode contribuir para um sono mais revigorante e a um aumento na capacidade de recordar Sonhos.
Além de todas essas estratégias, práticas terapêuticas podem ser benéficas para aqueles desejosos de explorar o conteúdo dos Sonhos. Durante sessões de terapia, a recordação de Sonhos se intensifica, pois a conexão das pessoas com seus conteúdos internos é fortalecida, ajudando-as a lidar com questões emocionais. Assim, o engajamento em um processo de autoconhecimento pode ser decisivo para quem busca uma compreensão aprofundada da significância dos Sonhos em suas vidas.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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