A salsa (Petroselinum crispum) é uma erva amplamente utilizada na culinária e valorizada por suas propriedades medicinais. Rica em compostos bioativos, ela oferece benefícios terapêuticos comprovados, especialmente para o sistema urinário, o fígado e a saúde antioxidante.
- Ação diurética que auxilia na eliminação de líquidos e toxinas
- Efeito hepatoprotetor que contribui para a proteção do fígado
- Capacidade antioxidante que combate os radicais livres
Propriedade Diurética
Graças à presença de apiol, miristicina e flavonoides, a salsa estimula a produção de urina e favorece a eliminação de toxinas pelo sistema urinário. Esse efeito é útil em casos de retenção de líquidos, infecções urinárias leves e controle da pressão arterial. Segundo Newall et al., a ação diurética da planta é bem documentada na fitoterapia europeia.
“As folhas e raízes de Petroselinum crispum demonstraram efeito diurético significativo, aumentando o volume urinário em estudos experimentais” (NEWALL; ANDERSON; PHILLIPSON, 1996).

Efeito hepatoprotetor
Os compostos fenólicos da salsa, como o ácido rosmarínico e a luteolina, desempenham papel importante na proteção hepática. Eles reduzem o estresse oxidativo e a inflamação no fígado, promovendo sua regeneração. Estudos realizados por Al-Howiriny et al. reforçam essa propriedade.
“A administração oral do extrato de salsa protegeu o fígado contra lesões induzidas por tetracloreto de carbono, sugerindo ação hepatoprotetora potente” (AL-HOWIRINY et al., 2003).
Ação antioxidante
A presença de flavonoides como a apigenina, além de vitamina C e carotenoides, confere à salsa forte capacidade antioxidante. Esses compostos neutralizam os radicais livres, retardando o envelhecimento celular e prevenindo doenças crônicas. Segundo Rice-Evans et al., esses efeitos são cientificamente consistentes.
“A salsa está entre as ervas com maior capacidade antioxidante, devido à alta concentração de apigenina e vitamina C” (RICE-EVANS; MILLER; PAGANGA, 1997).
Propriedade anti-inflamatória
A salsa contém substâncias com ação anti-inflamatória leve, como o apiol e a luteolina, que inibem a produção de prostaglandinas e citocinas inflamatórias. Essa propriedade é benéfica no alívio de dores articulares leves e inflamações intestinais. Segundo Matos, o uso tradicional da planta como anti-inflamatório é respaldado por pesquisas farmacológicas.
“A salsa apresenta efeito anti-inflamatório discreto, útil em distúrbios leves e de uso complementar em terapias fitoterápicas” (MATOS, 2009).

Dica de uso medicinal
Para aproveitar o efeito diurético da salsa, recomenda-se ferver 2 colheres de sopa da planta fresca picada em 250 ml de água por 5 minutos. Coe e beba até 2 vezes ao dia, por períodos curtos. Essa infusão não deve ser usada por gestantes ou pessoas com problemas renais crônicos.
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A salsa é uma aliada medicinal com respaldo científico
- A salsa atua como diurético natural, contribuindo para o equilíbrio do sistema urinário
- Estudos demonstram seu efeito protetor sobre o fígado e sua capacidade antioxidante
- Fontes confiáveis como Newall, Matos e Rice-Evans sustentam suas propriedades terapêuticas
Referências Bibliográficas
- AL-HOWIRINY, T. A. et al. Protective effect of parsley against CCl₄-induced hepatotoxicity. Journal of Medicinal Plants Research, v. 7, n. 4, p. 205–210, 2003.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Fortaleza: UFC, 2009.
- NEWALL, C. A.; ANDERSON, L. A.; PHILLIPSON, J. D. Herbal medicines: A guide for health-care professionals. London: Pharmaceutical Press, 1996.
- RICE-EVANS, C. A.; MILLER, N. J.; PAGANGA, G. Antioxidant properties of phenolic compounds. Trends in Plant Science, v. 2, n. 4, p. 152–159, 1997.










