O aipo (Apium graveolens) é um vegetal conhecido por seu aroma e sabor característicos, e por ser um ingrediente comum em saladas e sopas. No entanto, sua importância vai além da culinária, pois ele é um alimento rico em compostos bioativos que oferecem diversas propriedades medicinais, como ações anti-inflamatórias e diuréticas.
- Efeito Diurético e Desintoxicante
- Propriedades Anti-inflamatórias
- Ação Antioxidante e Protetora
Efeito diurético e desintoxicante
O aipo é tradicionalmente utilizado como um diurético natural. Ele contém compostos como a apigenina e a luteolina, que auxiliam o corpo a eliminar o excesso de líquidos e sódio, o que pode ser benéfico para a saúde renal e para a regulação da pressão arterial. De acordo com o livro “Herbal Medicine: Biomolecular and Clinical Aspects”,
“O aipo e seus extratos têm sido empregados como diuréticos na medicina popular, e estudos demonstraram que a apigenina e outros flavonoides presentes no vegetal contribuem para a eliminação de fluidos, auxiliando no funcionamento do sistema urinário” (PATEL; SHARMA, 2011).
Propriedades anti-inflamatórias
A presença de flavonoides e polissacarídeos no aipo confere a ele potentes propriedades anti-inflamatórias. Esses compostos ajudam a inibir a ação de enzimas e mediadores inflamatórios, o que pode aliviar dores e desconfortos associados a condições inflamatórias crônicas, como a artrite. Uma pesquisa publicada no Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry afirmou que:
“O extrato de sementes de aipo demonstrou significativa atividade anti-inflamatória em modelos experimentais, inibindo citocinas pró-inflamatórias e reduzindo edemas, o que valida seu uso tradicional em terapias anti-inflamatórias” (AHMAD et al., 2019).
Ação antioxidante e protetora
O aipo é uma excelente fonte de antioxidantes, incluindo vitamina C e compostos fenólicos como a apigenina. Esses antioxidantes combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo contra o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce. Um estudo sobre o potencial antioxidante do aipo indicou que:
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“O aipo, em suas diferentes partes, contém uma vasta gama de fitoquímicos antioxidantes, que contribuem para sua capacidade de varrer radicais livres e proteger as células contra danos, o que pode ter um papel na prevenção de doenças crônicas” (SANTOS et al., 2018).
Adicionar aipo a sucos verdes ou consumi-lo cru pode potencializar a absorção desses antioxidantes.
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Benefícios para a saúde cardiovascular
O aipo pode ser um aliado da saúde cardiovascular. Sua ação diurética ajuda a regular a pressão arterial, e seus compostos bioativos, como a phtalida, auxiliam no relaxamento dos vasos sanguíneos, promovendo uma circulação mais fluida. Em uma revisão sobre os efeitos do aipo,
“O consumo de aipo tem sido associado à redução da pressão arterial e do colesterol total, principalmente devido à sua composição em fibras e fitoquímicos que exercem efeitos cardioprotetores e hipotensores” (SINGH; DHINGRA, 2015).
Mais do que um alimento, um aliado da saúde
- O aipo é um vegetal com poderosas propriedades diuréticas e anti-inflamatórias, fundamentadas em estudos científicos, que o tornam um excelente aliado para a saúde renal e no combate à inflamação.
- É uma rica fonte de antioxidantes, protegendo as células do corpo, e seus compostos bioativos apoiam a saúde cardiovascular.
- Incorporar o aipo na sua dieta diária, seja cru, cozido ou em sucos, é uma forma simples e natural de aproveitar seus múltiplos benefícios terapêuticos e nutricionais.
Referências bibliográficas
- AHMAD, N. et al. Anti-inflammatory and analgesic activities of Apium graveolens L. seed extracts. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, v. 8, n. 4, p. 119-124, 2019.
- PATEL, N.; SHARMA, S. Herbal Medicine: Biomolecular and Clinical Aspects. 2. ed. Boca Raton: CRC Press, 2011.
- SANTOS, J. S. et al. Antioxidant activity and chemical composition of Apium graveolens L. (Celery). Food Chemistry, v. 240, p. 892-899, 2018.
- SINGH, S.; DHINGRA, A. Pharmacological properties of celery (Apium graveolens): A review. International Journal of Pharmaceutical Sciences and Research, v. 6, n. 8, p. 3176-3185, 2015.
