Adotar cuidados para não pegar gripe exige uma estratégia combinada de higiene, vacinação e fortalecimento do sistema imunológico. O vírus Influenza é altamente contagioso e sofre mutações frequentes, mas a ciência comprova que a criação de barreiras físicas e biológicas reduz drasticamente o risco de infecção e a gravidade dos sintomas caso o vírus ultrapasse suas defesas.
Por que a higiene das mãos é a barreira mais eficaz?
O ato simples de lavar as mãos rompe a cadeia de transmissão mais comum: o contato de superfícies contaminadas com as mucosas do rosto. O vírus da gripe pode sobreviver por horas em maçanetas e corrimãos, transformando as mãos em veículos de transporte direto para os olhos, nariz e boca.
O Ministério da Saúde reforça que a lavagem frequente com água e sabão, ou o uso de álcool em gel 70%, destrói a camada lipídica do vírus, inativando-o imediatamente. Essa prática deve ser rigorosa, especialmente após usar transporte público ou frequentar locais com grande circulação de pessoas.

A vacina anual é realmente indispensável?
Sim, a vacinação é a ferramenta mais segura para “ensinar” seu corpo a reconhecer e combater o inimigo antes que ele cause danos. Como o vírus Influenza muda sua estrutura genética todos os anos, a dose anterior torna-se obsoleta, exigindo uma atualização imunológica constante para garantir proteção.
Especialistas da Mayo Clinic explicam que, mesmo que a vacina não impeça 100% das infecções, ela atua como um “amortecedor” vital. Pessoas vacinadas que contraem a gripe tendem a apresentar sintomas muito mais leves e têm um risco significativamente menor de complicações graves, como pneumonia e hospitalização.
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Quais hábitos diários fortalecem suas defesas?
A imunidade não é construída com pílulas mágicas, mas com a nutrição celular consistente. Um organismo bem nutrido possui células de defesa (leucócitos) mais ágeis e eficientes para neutralizar invasores assim que eles entram no sistema respiratório.
Para manter seu exército interno pronto para o combate, foque nestes pilares:
- Hidratação Constante: Mantém as mucosas úmidas, dificultando a entrada de vírus.
- Sono Reparador: Dormir menos de 7 horas reduz a produção de citocinas protetoras.
- Zinco e Vitamina C: Encontrados em nozes e frutas cítricas, são vitais para a resposta imune.
- Atividade Física: O exercício moderado melhora a circulação das células imunes.
No vídeo a seguir, o Dr. Drauzio Varella, com mais de 900 mil seguidores, explica um pouco mais sobre prevenir a gripe:
@portaldrauziovarella Não importa a idade: a gripe pode estar de olho em você. Previna-se. #gripe #influenza #vacinacao #drauziovarella ♬ som original – Portal Drauzio
O estresse pode deixar você doente?
Existe uma conexão biológica direta entre sua mente e sua propensão a ficar gripado. O estresse crônico libera cortisol, um hormônio que, em excesso, suprime a eficácia do sistema imunológico e reduz a inflamação necessária para combater infecções iniciais.
Dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) sugerem que gerenciar o estresse é tão preventivo quanto lavar as mãos. Práticas de relaxamento e pausas mentais ajudam a manter os níveis de cortisol controlados, permitindo que o sistema imune opere com capacidade máxima.
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O frio causa gripe ou isso é um mito?
É um mito técnico: o frio em si não cria o vírus, mas cria as condições perfeitas para ele se espalhar. Durante as baixas temperaturas, tendemos a ficar em ambientes fechados e pouco ventilados, o que facilita a transmissão de gotículas contaminadas entre as pessoas.
Além disso, o ar seco do inverno resseca as narinas, criando microfissuras que servem de porta de entrada para patógenos. A melhor estratégia não é apenas se agasalhar, mas garantir a circulação de ar nos ambientes e manter a umidade das vias aéreas com soro fisiológico ou umidificadores.









