A quantidade ideal de calorias para emagrecer não é um número fixo, mas sim um cálculo personalizado que depende do seu metabolismo basal, idade, gênero e nível de atividade física. Para a maioria das pessoas, criar um déficit calórico moderado é a chave para a perda de gordura sustentável, permitindo que o corpo use as reservas de energia sem entrar em estado de alerta ou sacrificar a massa muscular.
Por que não existe um número universal para todos?
O corpo de cada pessoa queima uma quantidade diferente de energia apenas para se manter vivo, o que chamamos de Taxa Metabólica Basal (TMB). Uma pessoa alta e com mais massa muscular queima muito mais calorias em repouso do que uma pessoa baixa e sedentária.
Tentar seguir uma dieta genérica de “1200 calorias” pode ser excessivo para uns e perigosamente pouco para outros. O cálculo deve ser individual para garantir que o corpo receba energia suficiente para as funções vitais (como respirar e bater o coração) enquanto perde peso.
O que é o déficit calórico e como calculá-lo?
Para emagrecer, você precisa consumir menos calorias do que gasta (déficit calórico). O primeiro passo é descobrir o seu Gasto Energético Total Diário (GET), que soma o seu metabolismo basal com as calorias que você queima se movendo e trabalhando.
A recomendação padrão e segura é subtrair por volta de 500 calorias do seu GET. Segundo a Mayo Clinic, esse déficit moderado resulta em uma perda de peso saudável de cerca de 0,5 kg a 1 kg por semana, evitando choques metabólicos.
No vídeo a seguir, o Nutricionista Lucas Carey fala um pouco sobre o deficit calórico:
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Qual o tamanho seguro do déficit para evitar o “efeito sanfona”?
Cortar calorias drasticamente (déficits maiores que 1000 kcal) envia um sinal de “fome” ao cérebro. O corpo reage desacelerando o metabolismo (termogênese adaptativa) para poupar energia e aumentando drasticamente o hormônio da fome.
Isso torna a dieta insustentável a longo prazo, levando ao reganho de peso rápido (efeito sanfona) assim que a alimentação volta ao normal. Um déficit pequeno e constante é metabolicamente mais eficiente e preserva a massa magra.
A qualidade das calorias importa tanto quanto a quantidade?
Sim. Embora o déficit calórico dite quanto peso você perde, a qualidade do alimento dita de onde vem esse peso (gordura vs. músculo) e como você se sente. Harvard Health destaca que nem todas as calorias são processadas da mesma forma pelo corpo.
Para otimizar o emagrecimento dentro da sua meta calórica, é fundamental priorizar alimentos que aumentem a saciedade e o gasto energético da digestão:
- Proteínas: Exigem mais energia do corpo para serem digeridas (efeito térmico) e protegem os músculos.
- Alimentos Integrais: São digeridos lentamente, mantendo a insulina estável e a fome controlada.
- Volume (Baixa densidade): Vegetais e frutas enchem o estômago com poucas calorias.
- Gorduras Saudáveis: Ajudam na regulação hormonal, mas devem ser medidas devido à alta caloria.

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Quais são os perigos de comer menos de 1200 calorias?
Para a grande maioria dos adultos, consumir menos de 1200 calorias (mulheres) ou 1500 calorias (homens) sem supervisão médica rigorosa é contraindicado.
Nesses níveis muito baixos, é quase impossível obter todos os micronutrientes (vitaminas e minerais) necessários. Isso pode levar a efeitos colaterais como queda de cabelo, fadiga extrema, pedras na vesícula e perda óssea.









