O câncer pancreático, uma doença insidiosa, muitas vezes se desenvolve sem sintomas claros e específicos. Entre os sintomas menos comuns, mas possíveis, está o prurido cutâneo progressivo, que pode ser acompanhado de icterícia, uma condição marcada pelo amarelamento da pele e dos olhos. Este fenômeno ocorre quando o tumor interfere no ducto biliar, um canal responsável pelo transporte da bile produzida pelo fígado. O acúmulo de bile no sangue devido à obstrução pode, portanto, provocar sintomas de icterícia e Coceira. Apesar de não ser um sintoma predominante, a observação desses sinais em conjunto deve ser levada a sério e investigada por um médico.
A conexão entre o câncer de pâncreas e a Coceira surge especificamente quando o tumor bloqueia o ducto biliar do corpo. O fígado continua a produzir bile, um fluido essencial para a digestão e remoção de resíduos, que quando impedido de seguir seu trajeto regular, acaba se acumulando no fígado e, eventualmente, se dispersando na corrente sanguínea. Isso não só resulta em icterícia como também pode levar ao desconforto caracterizado pela Coceira intensa. Procedimentos médicos, como a inserção de um stent para desobstruir o ducto, muitas vezes aliviam esse sintoma ao restabelecer a função normal do fígado.
Quais os sinais e sintomas do câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas tem origem em um órgão pequeno, acomodado na cavidade abdominal que desempenha um papel vital na digestão e na conversão de alimentos em energia. Muitas vezes os sintomas são vagos e não específicos, dificultando a identificação precoce do problema. Entre os sintomas mais frequentes estão dor abdominal ou nas costas, perda de peso inexplicada, falta de apetite, icterícia, náusea e alteração nas fezes. Embora essas manifestações possam estar relacionadas a outras condições, é fundamental procurar um médico para avaliação.
Como melhorar a detecção do câncer pancreático?
Devido à sua localização e tamanho reduzido, aproximadamente 80% dos casos de câncer pancreático são descobertos já em estágio avançado, dificultando a cura. A carência de testes de rastreamento preventivos implica que muitos pacientes só sejam diagnosticados após o aparecimento claro de sintomas, o que ocorre quando o câncer costuma já ter se disseminado além do pâncreas. Buscando solucionar esta dificuldade, pesquisadores do Centro de Pesquisa Familiar Hale, em Dana-Farber, estão trabalhando para identificar marcadores sanguíneos que indiquem a presença do câncer ainda em fases iniciais, aumentando as chances de tratamento eficaz.
Quais são os fatores de risco para o câncer de pâncreas?
Vários fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do câncer pancreático. Entre eles, destacam-se o hábito de fumar, a diabetes e a obesidade. Pessoas com histórico familiar forte da doença estão também em maior risco. Baseando-se nessa diversidade de causas, pesquisadores estão desenvolvendo modelos de risco para aperfeiçoar a identificação de indivíduos que se beneficiariam de exames de rastreamento, possibilitando diagnósticos mais precoces e, consequentemente, tratamentos mais eficazes.
Como esses esforços podem mudar o cenário do câncer de pâncreas?
Os avanços na pesquisa e na detecção precoce do câncer pancreático podem transformar radicalmente o panorama atual da doença. Com marcadores sanguíneos adequados e modelos de risco mais precisos, as oportunidades de diagnóstico antecipado serão ampliadas, permitindo intervenções mais rápidas e potencialmente mais eficazes. Embora o caminho ainda seja longo, as iniciativas em andamento oferecem esperança para a identificação precoce e tratamento eficaz desse câncer devastador.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271






