Guardar carne no congelador é um hábito comum em muitos lares, especialmente para quem faz compras em maior quantidade e precisa prolongar a durabilidade dos alimentos. Apesar de ser um método bastante usado, ainda existem dúvidas sobre quanto tempo a carne pode ficar congelada sem perder qualidade ou representar risco à saúde, e conhecer esses prazos e algumas regras básicas de higiene ajuda a tornar o consumo mais seguro no dia a dia.
Quanto tempo a carne pode ficar no freezer com segurança
A palavra-chave para esse tema é tempo de congelamento da carne. Do ponto de vista de segurança alimentar, a carne mantida constantemente em congelamento profundo pode permanecer segura por meses, desde que o equipamento esteja sempre a cerca de -18 ºC ou menos.
O congelamento funciona como uma espécie de “pausa” no processo natural de deterioração dos alimentos. Em temperaturas baixas, a atividade de bactérias, leveduras e fungos é interrompida, bem como as reações enzimáticas que alteram cor, cheiro e textura da carne, preservando melhor o alimento.

Quais são os prazos indicados para congelar diferentes tipos de carne
Os órgãos de segurança alimentar sugerem prazos de referência para manter boa qualidade sensorial. Em geral, quanto maior o tempo de estocagem, maior a chance de a carne perder suculência, sabor e textura, mesmo continuando segura se sempre ficou bem congelada.
Esses períodos são indicativos para preservar o sabor e a textura em condições domésticas de congelamento. Abaixo estão prazos médios recomendados para o tempo de congelamento da carne em freezers adequados:
- Carnes bovinas em cortes grandes (peças inteiras, assados): entre 8 e 12 meses.
- Bife e carne em pedaços menores: cerca de 4 a 6 meses.
- Carne suína em peças: de 4 a 8 meses.
- Carne moída de boi, porco ou mista: preferencialmente até 3 a 4 meses.
- Embutidos e fiambres (presunto, peito de peru fatiado, salsichas): em torno de 1 a 2 meses para melhor qualidade.
Como congelar carne corretamente para manter a qualidade
Além do tempo de congelamento da carne, a forma de armazenar influencia diretamente na conservação do alimento. A exposição ao ar frio e seco do freezer favorece o chamado “queimado de freezer”, quando a superfície da carne fica esbranquiçada, ressecada e com textura desagradável após o preparo.
Alguns cuidados simples ajudam a evitar problemas de textura e sabor. Adotar técnicas corretas de embalagem, porcionamento e identificação facilita o dia a dia e reduz o desperdício de alimentos.
- Dividir em porções: separar a carne em quantidades adequadas para uma refeição, evitando descongelar mais do que será utilizado.
- Embalar bem: usar sacos próprios para congelamento, potes plásticos com boa vedação ou papel-filme, retirando o máximo de ar possível.
- Identificar e datar: anotar tipo de carne e data de congelamento na embalagem para controlar o tempo de armazenamento.
- Congelar rapidamente: colocar os alimentos já embalados na parte mais fria do freezer, ajudando a reduzir o tempo de formação de cristais de gelo.
- Evitar abrir o freezer com frequência: oscilações de temperatura interferem na estabilidade do congelamento.
Para aprofundar o tema, trouxemos o vídeo do especialista Davi Laranjeira:
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Carne pode ser congelada e descongelada mais de uma vez com segurança
Uma dúvida comum é se a carne crua pode voltar ao freezer depois de descongelada. A orientação mais segura é que carne crua descongelada não seja recongelada, a menos que tenha sido totalmente cozida antes de retornar ao congelador, pois isso reduz a carga de microrganismos.
Ao sair do ambiente de congelamento e voltar a temperaturas mais altas, mesmo na geladeira, os microrganismos retomam sua atividade. Recongelar a carne ainda crua aumenta o risco de multiplicação de bactérias e provoca perda adicional de textura e suculência.
Quanto tempo frango peixe e frutos do mar podem ficar congelados
As orientações para o tempo de congelamento da carne também se aplicam a outros tipos de proteína animal, com alguns ajustes importantes. As aves inteiras suportam períodos mais longos sem grande perda de qualidade, enquanto peixes e frutos do mar são mais sensíveis à oxidação e ao ranço.
Para manter melhor textura e sabor, é essencial usar embalagens bem vedadas e evitar flutuações de temperatura. Veja prazos médios de armazenamento para diferentes tipos de proteína:
- Frango ou peru inteiros: até cerca de 12 meses.
- Pedaços de frango (peito, coxa, asa): em torno de 6 a 9 meses.
- Miúdos de aves (fígado, coração, moela): aproximadamente 3 a 4 meses.
- Peixes magros (como bacalhau fresco, pescada): 6 a 8 meses.
- Peixes gordurosos (como salmão, atum): 2 a 3 meses para manter melhor sabor.
- Frutos do mar (camarão, lula, mariscos): em torno de 3 a 6 meses, dependendo do tipo e da qualidade da embalagem.
Quais são os cuidados ideais ao descongelar a carne
O descongelamento é tão importante quanto o tempo de congelamento da carne. Mesmo que o alimento tenha sido bem armazenado, uma etapa de descongelamento inadequada pode favorecer a multiplicação de microrganismos e comprometer a segurança do alimento.
As formas mais seguras de descongelar evitam que a carne permaneça muito tempo na chamada “zona de perigo” de temperatura, entre 5 ºC e 60 ºC. Nessas condições, as bactérias se multiplicam rapidamente e aumentam o risco de intoxicação alimentar.
- Na geladeira: colocar a carne em recipiente fechado na prateleira inferior, evitando contato com outros alimentos. É o método mais seguro, embora mais lento.
- No micro-ondas: usar a função específica de descongelar e cozinhar imediatamente após, pois parte da carne aquece e entra na zona de perigo.
- Em água fria: manter a carne em embalagem bem fechada, submersa em água fria, trocando a água periodicamente, e cozinhar logo em seguida.









