A amora (Morus nigra), conhecida por seus pequenos frutos escuros e sabor adocicado, tem sido tema de pesquisas devido às suas propriedades medicinais amplamente documentadas. Utilizada tanto em preparos caseiros quanto na fitoterapia, essa planta reúne compostos bioativos de grande interesse para a saúde. Entre os benefícios tradicionalmente associados à amora, merecem destaque:
- Ação antioxidante favorecida por polifenóis e flavonoides
- Propriedade antidiabética relacionada à regulação da glicemia
- Efeito anti-inflamatório associado a fitonutrientes presentes nas folhas e frutos
Esses tópicos serão aprofundados nos próximos blocos, sempre pautados em referências científicas verificadas.
Propriedade antioxidante da amora
A amora é rica em flavonoides, antocianinas e outros polifenóis, substâncias responsáveis pelo destacado potencial antioxidante dessa fruta. Esses compostos atuam neutralizando radicais livres no organismo, reduzindo danos oxidativos celulares que contribuem para o envelhecimento precoce e doenças crônicas. A eficácia desse mecanismo foi observada em experimentos conduzidos por pesquisadores como Wang et al., cujos resultados são detalhados abaixo.
“Os extratos de frutas de amora demonstraram significativa capacidade antioxidante devido à elevada concentração de antocianinas, o que contribui para a proteção contra danos celulares causados por espécies reativas de oxigênio.” (WANG, S. Y.; LIN, H. S., 2000).
Como a amora auxilia no controle da glicemia?
Folhas e frutos da amora contêm ácido clorogênico e DNJ (1-desoxinojirimicina), compostos reconhecidos por reduzir a absorção de glicose e favorecer o controle glicêmico. O consumo regular tem sido estudado como estratégia complementar para prevenção e manejo do diabetes tipo 2, sendo a pesquisa de Kim et al. uma referência para compreensão desse benefício observado em humanos.
“A ingestão de extrato de folhas de amora resultou em redução significativa nos níveis pós-prandiais de glicose, sugerindo potencial aplicação como coadjuvante em dietas para diabéticos.” (KIM, H. et al., 2011).

Propriedade anti-inflamatória
Além dos efeitos antioxidantes e antidiabéticos, estudos identificam na amora atividade anti-inflamatória relevante, atribuída a fenólicos e flavonoides presentes em suas folhas e frutos. Tais substâncias modulam processos inflamatórios, auxiliando no alívio de sintomas em condições como artrite e problemas musculares. Conforme Matos destaca, evidências experimentais validam este uso tradicional.
“Os constituintes fenólicos presentes nas folhas de amora exibem considerável efeito anti-inflamatório, justificando seu emprego popular para atenuar inflamações de diferentes origens.” (MATOS, F. J. A., 2009).
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Como usar a amora para aproveitar suas propriedades medicinais?
Extratos das folhas e frutos de amora podem ser utilizados em chás, sucos e cápsulas, respeitando orientações fitoterápicas para evitar excessos e possíveis interações medicamentosas. Recomenda-se preparo de infusões com folhas secas para potencializar efeitos antidiabéticos e anti-inflamatórios. Importante consultar profissional de saúde antes da inclusão regular na dieta.
- Infusão de folhas para uso diário, sob orientação fitoterápica
- Sucos naturais preparados com frutos maduros como suplemento antioxidante
Principais aprendizados sobre as evidências científicas da amora
- A amora é fonte de compostos antioxidantes, benéficos para a proteção celular segundo pesquisas recentes.
- Evidências científicas confirmam sua ação no controle da glicemia, especialmente para diabéticos.
- Folhas e frutos auxiliam na modulação de processos inflamatórios, sendo destaque em estudos farmacológicos.
Referências Bibliográficas
- KIM, H. et al. Postprandial glucose-lowering effects of mulberry leaf extract in normal and diabetic subjects. Food & Function, v. 2, n. 2, p. 101-105, 2011.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: Editora UFC, 2009.
- WANG, S. Y.; LIN, H. S. Antioxidant activity in fruits and leaves of blackberry, raspberry, and strawberry varies with cultivar and developmental stage. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 48, n. 4, p. 140-146, 2000.










