O Refluxo gastroesofágico é uma condição médica caracterizada pelo retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, causando sensações de queimação no peito e desconforto abdominal superior. A condição, frequentemente referida como DRGE (Doença do Refluxo Gastroesofágico), pode evoluir seriamente se não for tratada adequadamente, aumentando o risco de problemas mais graves, como o câncer de esôfago.
No campo da gastroenterologia, a DRGE é amplamente reconhecida e classificada em dois subtipos com base nos sintomas e nos danos potenciais ao esôfago. A categoria erosiva envolve lesões na parede esofágica, enquanto a não-erosiva se manifesta sem o desgaste visível da mucosa esofágica. Diferenciar esses subtipos é crucial para a escolha do tratamento mais eficaz e a prevenção de complicações.
Como o Refluxo afeta o esôfago e quais são os riscos?

O impacto constante do ácido estomacal no esôfago pode resultar em danos significativos à mucosa esofágica. Esses danos incluem desde inflamações leves que podem estreitar o esôfago, até complicações mais severas como o esôfago de Barrett. Esta última é uma condição pré-cancerosa que aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de neoplasias, como o câncer de esôfago. A displasia, outra condição potencialmente grave causada por Refluxo crônico, também apresenta potencial cancerígeno.
Estudos revelaram que até 95% dos pacientes diagnosticados com o esôfago de Barrett têm histórico de Refluxo. Alterações pré-cancerosas nestas condições requerem cuidadosa monitorização médica para prevenir a progressão para o câncer.
Quais são os métodos de diagnóstico disponíveis?
Detectar a DRGE e suas complicações requer uma abordagem diagnóstica detalhada. Ferramentas como a endoscopia digestiva alta, biópsias, tomografias e ultrassonografias são instrumentos cruciais na investigação do estado da mucosa esofágica e na identificação de possíveis lesões. Sintomas como dificuldade para engolir, rouquidão, tosse crônica e sangramentos digestivos são sinais que podem indicar a progressão da doença e a necessidade de intervenções.
Quais medidas podem ser adotadas para prevenir o agravamento da DRGE?
A prevenção é uma parte essencial da gestão do Refluxo gastroesofágico e suas consequências. Ajustes simples no estilo de vida e na dieta são primordiais. Recomenda-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, café, alimentos ácidos e refeições muito volumosas próximas à hora de dormir. Além disso, praticar exercícios regularmente e manter um peso saudável pode reduzir a frequência dos episódios de Refluxo.
É possível prevenir o câncer de esôfago completamente?
O diagnóstico precoce e a adoção de medidas preventivas podem, em muitos casos, estancar a progressão para o câncer de esôfago. Com um tratamento adequado e contínuo, as chances de desenvolvimento de condições mais graves diminuem consideravelmente. No entanto, é crucial para os indivíduos em grupos de risco manter um monitoramento regular com profissionais da saúde para garantir a identificação e o tratamento precoces de quaisquer alterações malignas, assegurando intervenções efetivas.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








