Muitas vezes ofuscada pela maçã, a pera é uma potência nutricional superior quando o assunto é saúde digestiva e densidade de fibras. Com uma textura macia e sabor doce, esta fruta esconde em sua composição a pectina, uma fibra solúvel poderosa que atua como uma “vassoura” suave no intestino, além de oferecer compostos bioativos que protegem o coração e controlam o açúcar no sangue.
Por que ela é considerada a “vassoura” do intestino?
O grande segredo da pera está na quantidade e no tipo de fibras que ela carrega. Uma unidade média fornece cerca de 20% da recomendação diária de fibras, com destaque para a pectina. Esta fibra solúvel forma um gel viscoso no estômago, que captura gorduras e toxinas, facilitando sua eliminação.
Segundo a Mayo Clinic, essa formação de gel não apenas melhora o trânsito intestinal, combatendo a constipação, mas também serve de alimento para as bactérias benéficas do cólon (ação prebiótica). O consumo regular ajuda a reduzir a inflamação intestinal e previne diverticulites.

Comer com ou sem casca muda o efeito?
Essa é a dúvida mais comum e a resposta é definitiva: a casca muda tudo. A maior concentração de fibras insolúveis e antioxidantes está na parte externa. Comer a pera com casca potencializa o efeito laxativo, ajudando a “soltar” o intestino.
Por outro lado, a pera descascada perde grande parte de suas fibras insolúveis e mantém a pectina da polpa, o que pode ter um efeito mais constipante (“prender”), similar ao da maçã sem casca. Para quem busca regularidade e volume fecal, a regra é higienizar bem e comer a fruta inteira.
O consumo ajuda a controlar o diabetes?
Apesar de ser doce, a pera é uma excelente fruta para diabéticos. Ela possui um índice glicêmico baixo (cerca de 38), o que significa que o açúcar da fruta entra na corrente sanguínea de forma lenta e gradual, sem causar picos de insulina.
Estudos revisados pelo National Institutes of Health (NIH) indicam que os flavonoides presentes na pera, especialmente as antocianinas (nas peras de casca avermelhada), podem melhorar a sensibilidade à insulina. Isso a torna uma sobremesa estratégica para evitar a hipoglicemia reativa e manter a energia estável.
No vídeo a seguir, o canal da Angela Xavier, com mais de 3,8 milhões de inscritos, explica os benefícios da pera:
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Quais nutrientes protegem o coração?
A pera é uma aliada silenciosa da saúde cardiovascular. Além das fibras que ajudam a reduzir o colesterol LDL, ela é uma fonte decente de potássio, mineral que atua relaxando os vasos sanguíneos e combatendo os efeitos nocivos do excesso de sódio na pressão arterial.
Os principais protetores cardíacos na fruta incluem:
- Quercetina: Antioxidante na casca que reduz a inflamação arterial.
- Potássio: Vasodilatador natural que alivia a tensão nas artérias.
- Fibras Solúveis: Impedem a reabsorção do colesterol no intestino.
- Vitamina C: Combate o estresse oxidativo nas células cardíacas.
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A fruta ajuda a desinchar?
Graças à sua alta concentração de água (mais de 80%) e potássio, a pera tem um efeito diurético leve que ajuda a combater a retenção de líquidos. Para quem sente o corpo inchado no final do dia, substituir lanches secos e salgados por uma pera suculenta ajuda a restaurar o equilíbrio hídrico.
A combinação de água e fibras também promove uma saciedade precoce. Comer uma pera 30 minutos antes do almoço pode reduzir a fome e a ingestão calórica total da refeição, sendo uma estratégia simples e barata para o controle de peso.









