A pressão alta (hipertensão) é um dos maiores fatores de risco para infartos e AVCs. O seu maior perigo, no entanto, é ser uma “assassina silenciosa”, raramente apresentando sintomas óbvios até que o dano já esteja avançado.
Por que a pressão alta é chamada de “assassina silenciosa”?
Para a vasta maioria das pessoas, a hipertensão não causa nenhum sintoma diário. Uma pessoa pode ter a pressão perigosamente elevada por anos e sentir-se perfeitamente normal, o que gera uma falsa sensação de segurança.
O “silêncio” é o perigo. Enquanto a pessoa vive sem sintomas, a pressão elevada está silenciosamente danificando as paredes das artérias, sobrecarregando o coração e os rins, ano após ano.

Dores de cabeça ou tonturas podem ser um sinal?
Muitas pessoas associam dores de cabeça (especialmente na nuca), tonturas ou zumbido no ouvido à pressão alta. Embora esses sintomas possam ocorrer, eles são raros e geralmente só aparecem em picos hipertensivos muito severos.
Estes são sinais não confiáveis. Confiar neles para monitorar a pressão é extremamente perigoso. A única forma de saber é através da medição regular com um aparelho (esfigmomanômetro), como alerta a American Heart Association (AHA).
Quais são os sinais de uma crise hipertensiva (emergência)?
Existem situações em que a pressão sobe tanto (ex: 180/120 mmHg) que se torna uma crise hipertensiva, uma emergência médica que exige atendimento imediato (SAMU 192) por risco de dano a órgãos.
Nestes casos graves, os sintomas são súbitos e não devem ser ignorados. Eles indicam que o cérebro, coração ou rins estão sofrendo:
- Dor de cabeça muito forte e súbita, diferente de tudo o que já sentiu.
- Confusão mental, sonolência extrema ou dificuldade de concentração.
- Alterações na visão (visão turva, dupla ou pontos luminosos).
- Dor no peito ou falta de ar intensa.
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A falta de ar ou o inchaço podem estar relacionados?
Sim, mas estes não são sinais da pressão alta em si, e sim de uma complicação dela: a insuficiência cardíaca. O coração “cansa” após anos bombeando contra alta resistência, causando um “congestionamento” de fluidos (edema) nas pernas e falta de ar.
A pressão arterial é classificada em categorias. É crucial entender que os “sintomas” geralmente só aparecem na fase de crise, sendo imperceptível nas fases de Risco Elevado ou Hipertensão 1.
| Categoria da Pressão Arterial | Sistólica (Máxima) | E | Diastólica (Mínima) |
| Normal | < 120 mmHg | e | < 80 mmHg |
| Risco Elevado | 120–129 mmHg | e | < 80 mmHg |
| Hipertensão (Nível 1) | 130–139 mmHg | ou | 80–89 mmHg |
| Crise Hipertensiva | > 180 mmHg | e/ou | > 120 mmHg |
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Qual é a única forma confiável de saber?
A única forma 100% confiável de diagnosticar a hipertensão é através da medição regular (aferição) com um aparelho de pressão, seja em casa, na farmácia ou no consultório médico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara: a detecção precoce é a chave para a prevenção.
O monitoramento regular é especialmente vital se você possui fatores de risco conhecidos, pois eles aumentam muito a probabilidade de desenvolver a condição silenciosamente:
- Histórico familiar (genética).
- Idade (risco aumenta significativamente após os 50-60 anos).
- Sobrepeso ou obesidade.
- Sedentarismo e dieta rica em sódio (sal).







