A presença de próteses mamárias de silicone tem gerado debates intensos sobre os possíveis impactos à saúde. Comumente, discute-se a chamada Doença do Silicone, um termo abrangente utilizado para descrever sintomas diversos associados a complicações com esses implantes. Indivíduos que apresentam dores articulares, queda de cabelo ou outros sinais incomuns podem suspeitar dessa condição. Entender esses sintomas e suas causas é essencial, especialmente diante da diversidade de manifestações que podem surgir após a inserção do silicone.
Esses sintomas podem se manifestar em qualquer período, desde dias até anos depois da cirurgia. Devido à variedade de reações possíveis, é vital que pacientes com implantes de silicone consultem profissionais qualificados ao perceberem qualquer anomalia. O mastologista ou cirurgião plástico é o especialista indicado para avaliar tais situações e encaminhar o tratamento necessário, que na maioria dos casos pode incluir a remoção da prótese.
O que é a síndrome ASIA e qual a relação com o silicone?
A síndrome ASIA, ou Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes, é uma condição que merece atenção especial. Adjuvantes, como o silicone, podem desencadear respostas autoimunes em indivíduos predispostos a tais reações. Embora frequentemente associada à Doença do Silicone, a síndrome ASIA possui suas particularidades e não deve ser confundida diretamente com o conjunto de sintomas descritos na primeira.
O desenvolvimento da síndrome ASIA está ligado à presença de substâncias como o silicone, que atuam como adjuvantes no organismo. Quando introduzidas, essas substâncias podem promover um estado inflamatório crônico, agravando a saúde de quem já possui predisposição genética a doenças autoimunes. A distinção clara entre essas condições é crucial para um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz.
Como os médicos diagnosticam a Doença do Silicone?
Os métodos de diagnóstico para a Doença do Silicone baseiam-se primeiramente na avaliação clínica dos sintomas e no histórico médico do paciente. Exames laboratoriais específicos não conseguem confirmar a condição, tornando essencial o papel do mastologista ou cirurgião plástico. Contudo, determinados testes podem ser usados para eliminar a possibilidade de outras doenças com sintomas semelhantes, como a artrite reumatoide ou a doença de Lyme.
Nessa investigação, o médico leva em conta os indícios relatados, procurando padrões que possam esclarecer a presença da doença. A clareza no relato dos sintomas é relevante, pois facilita o profissional na distinção entre efeitos adversos do silicone e outras patologias.
Consentimento e Questão de Saúde Pública

A escolha por implantes de silicone envolve considerações complexas que vão além da estética. Com o aumento da conscientização sobre possíveis impactos à saúde, como a Doença do Silicone e a síndrome ASIA, cresce também a necessidade de um consentimento informado antes da cirurgia. É vital que potenciais pacientes estejam cientes das reações que podem ocorrer e das consequências relacionadas a essas respostas autoimunes.
Os profissionais de saúde devem comunicar claramente os riscos e monitorar seus pacientes rigorosamente. Isso ajuda a detectar sinais precocemente e adotar medidas para mitigar sintomas ou prevenir complicações. Assim, proteger a saúde dos pacientes enquanto se respeita a autonomia individual em escolhas pessoais é um equilíbrio delicado a ser mantido.
Quais são as Opções de Tratamento?
Para aqueles diagnosticados com os sintomas associados à Doença do Silicone, o tratamento padrão é, geralmente, a remoção dos implantes através do explante. Esse procedimento costuma resultar na diminuição ou desaparecimento dos sintomas, aliviando o paciente. Em situações onde se identificam evidências de inflamações ou distúrbios autoimunes, o médico pode considerar a prescrição de medicamentos como corticoides para controlar essas respostas adversas.
A decisão de remover as próteses deve ser discutida detalhadamente, considerando os prós e contras e o impacto tanto físico quanto psicológico sobre o paciente. Em suma, a evolução nas práticas cirúrgicas e na pesquisa sobre implantes de silicone continua oferecendo soluções e um entendimento melhorado sobre essas condições. Desta forma, tanto médicos como pacientes podem tomar decisões mais informadas e seguras em relação ao uso dessas próteses.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271








