Muitas pessoas convivem com sintomas de pressão baixa (hipotensão) sem perceber, atribuindo a falta de energia e a lentidão mental ao estresse ou a uma noite mal dormida. No entanto, quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é insuficiente, o corpo emite sinais específicos de que está lutando para manter a oxigenação, que diferem fisiologicamente da simples fadiga muscular ou mental.
Por que a tontura ao levantar é o sinal clássico?
A hipotensão ortostática é o termo médico para a tontura súbita que ocorre ao passar da posição sentada ou deitada para a posição de pé. O sangue desce para as pernas devido à gravidade e, na pressão baixa, o corpo demora a bombear o sangue de volta ao cérebro, causando uma sensação momentânea de “cabeça vazia” ou desequilíbrio.
Esse sintoma é frequentemente ignorado ou visto como uma fraqueza passageira, mas é um indicador claro de regulação vascular lenta. Se você precisa se segurar em móveis ao levantar para não cair ou se sua visão escurece por segundos, seu sistema circulatório não está compensando a mudança de postura com a rapidez necessária.

A dificuldade de concentração é “névoa mental”?
O cérebro é extremamente exigente em termos de energia e requer um fluxo constante de oxigênio e glicose para funcionar com clareza. Quando a pressão arterial está cronicamente baixa, a perfusão cerebral diminui levemente, resultando em dificuldade de foco, lentidão no raciocínio e uma sensação persistente de confusão ou “névoa mental”.
Diferente do cansaço mental que melhora com uma pausa ou café, essa falta de foco é hemodinâmica e muitas vezes piora em dias quentes ou após refeições pesadas. A pessoa pode se sentir apática ou desconectada, não por falta de vontade, mas porque o “combustível” não está chegando aos neurônios com a pressão adequada.
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A visão embaçada ou escurecida é um alerta?
Alterações visuais são sinais diretos de que o suprimento de sangue para a retina ou para o lobo occipital do cérebro está momentaneamente comprometido. Ver “estrelinhas”, pontos pretos ou ter a visão turva e em túnel são formas do corpo avisar que a pressão caiu a um nível onde a função sensorial está sendo preservada em detrimento da nitidez.
Esses episódios geralmente precedem um desmaio (síncope), mas podem ocorrer de forma isolada e leve durante o dia. Ignorar esses avisos visuais é perigoso, pois eles indicam que o sistema cardiovascular está no limite de sua capacidade de manter a consciência plena.
No vídeo a seguir, o famoso especialista Dr. Drauzio Varella, com mais de 900 mil seguidores, explica um pouco sobre a pressão baixa:
@portaldrauziovarella Respondendo a @carfercoliveira Caiu a pressão? O Draw explica por que isso acontece. #drauziocorreaqui #pressaobaixa #pressaoarterial #hipotensao ♬ som original – Portal Drauzio
A pele fria e a sede excessiva indicam o quê?
Quando a pressão cai, o corpo entra em um modo de preservação, desviando o sangue da pele e das extremidades para proteger órgãos vitais como coração e pulmões. Isso resulta em mãos e pés gelados, pele pálida e úmida (suor frio), mesmo que a temperatura ambiente esteja agradável.
A sede excessiva é outro mecanismo compensatório, pois o corpo tenta aumentar o volume sanguíneo ingerindo mais líquidos para subir a pressão. A Mayo Clinic explica que a desidratação é tanto uma causa quanto um agravante dos sintomas, tornando a sede um sinal vital de alerta.
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Quando a pressão baixa se torna uma emergência?
Para a maioria, a pressão baixa é apenas um incômodo, mas ela se torna uma emergência médica se causar choque circulatório. Sinais de choque incluem respiração rápida e superficial, pulso fraco e muito rápido, pele fria e pegajosa e confusão mental severa ou perda de consciência.
Nesses casos, o fluxo sanguíneo é tão baixo que as células não recebem oxigênio suficiente para sobreviver, exigindo atendimento imediato. É fundamental diferenciar a tontura ocasional desses sinais graves de falência circulatória que colocam a vida em risco.







