O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurológica que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Embora frequentemente associado à infância, pesquisas mostram que o TDAH persiste na vida adulta, influenciando a rotina e desafiando o bem-estar dos indivíduos. No Brasil, a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) indica que uma parcela significativa dos adultos vive com esse transtorno, o que traz implicações para diversos aspectos da vida cotidiana.
Quais são as bases neurológicas do TDAH?
O TDAH é caracterizado por alterações no funcionamento cerebral, particularmente em áreas que gerenciam a atenção, a tomada de decisões e o controle da impulsividade. Esses desequilíbrios são principalmente associados aos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, essenciais para a regulação de mecanismos cognitivos importantes. Estudos apontam que a combinação de fatores biológicos, genéticos e neuroquímicos desempenha um papel central no surgimento e na evolução desse transtorno.
Como o TDAH se manifesta em diferentes fases da vida?
Nas crianças, o TDAH é frequentemente percebido através de comportamentos hiperativos e impulsivos, além de dificuldades acadêmicas. Na adolescência, essas características podem evoluir para desorganização e impulsividade emocional. Quando não tratado adequadamente, o TDAH continua na fase adulta, onde a desatenção, a desorganização e a dificuldade para planejar ou priorizar tarefas se tornam evidentes e interferem no desempenho profissional e nas relações pessoais. A neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera destaca como esse transtorno, quando não tratado, compromete a autoestima e pode levar ao estresse crônico e a transtornos de humor.

Quais são os sinais de TDAH na vida adulta?
Identificar o TDAH na vida adulta pode ser um desafio, já que seus sintomas muitas vezes se assemelham a outras condições. Os adultos com TDAH costumam relatar uma sensação interna de inquietação, combinada com uma difícil tarefa de concentração e foco nas atividades diárias. Outros sinais incluem problemas de organização, procrastinação constante, mudanças de humor e dificuldades para lidar com o estresse. Se não diagnosticado e tratado, as implicações para a saúde mental e emocional podem ser significativas, aumentando o risco de depressão e ansiedade.
De que forma é possível tratar o TDAH?
O tratamento do TDAH requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo acompanhamento médico, intervenções psicológicas e, em alguns casos, medicamentos. Neurologistas e psiquiatras avaliam individualmente os pacientes para considerar o uso de remédios que possam auxiliar no foco e na redução da impulsividade. Avanços da neurociência e tecnologia têm permitido o desenvolvimento de terapias cognitivas que estimulam funções cerebrais de maneira sistemática, contribuindo para a autopercepção e a autorregulação dos indivíduos afetados.
Como o diagnóstico precoce pode auxiliar pessoas com TDAH?
Identificar o TDAH cedo permite uma intervenção mais eficaz, oferecendo às pessoas afetadas a oportunidade de compreenderem melhor o seu funcionamento cerebral. A neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera sublinha que um diagnóstico preciso e estratégias adaptativas podem proporcionar melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes, aliviando o estresse e reforçando a autoestima. Procurar um profissional qualificado é crucial quando há sinais persistentes de TDAH, pois o diagnóstico correto pode transformar a abordagem individual sobre o transtorno, promovendo um cotidiano mais equilibrado e saudável.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271









