O conceito de Barriga Solidária, também conhecido como útero de substituição, é uma alternativa crescente no campo da reprodução assistida. Esta técnica se apresenta como uma solução importante para mulheres que enfrentam desafios para engravidar, bem como para homens solteiros e casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos. No Brasil, as diretrizes para a prática se alinham ao que é estipulado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o que garante que esse processo seja ético e seguro.
De maneira resumida, a Barriga Solidária ocorre quando uma mulher se dispõe a gestar o filho de outra pessoa ou casal. Após o nascimento, o bebê é entregue aos pais biológicos, sem que a gestante tenha vínculos legais ou parentescos estabelecidos com a criança. É importante destacar que a prática deve ser inteiramente altruísta, sem qualquer forma de remuneração à gestante.
Quais são as diretrizes da Barriga Solidária no Brasil?
Em território brasileiro, a prática de Barriga Solidária segue um conjunto de normas rigorosas. Somente mulheres até os 50 anos, que tenham parentesco até o quarto grau com pelo menos um dos futuros pais, podem ser escolhidas como gestantes solidárias. Parentesco de até quarto grau inclui conexões diretas como mãe, irmã, ou distantes como primas. Em casos excepcionais, onde não há familiares dispostos ou aptos, é possível solicitar aprovação ao CFM.
Além disso, as regras brasileiras são rígidas ao proibir qualquer tipo de compensação financeira para a mulher que cede o útero, assegurando que a iniciativa se mantenha um ato de solidariedade genuíno.
Quando a Barriga Solidária é indicada?

A Barriga Solidária é uma opção em situações específicas. Ela é indicada quando mulheres, por razões cirúrgicas ou devido a problemas no útero, não podem levar uma gestação adiante. Este método é ainda uma alternativa para casais homoafetivos que desejam filhos e para homens solteiros que buscam paternidade biológica. Outros casos englobam mulheres cujas condições de saúde tornam a gravidez arriscada e desencorajada por profissionais médicos.
Como a fertilização in vitro entra em cena?
O processo de Barriga Solidária frequentemente se integra à fertilização in vitro (FIV), uma técnica central em métodos de reprodução assistida. Na FIV, embriões são criados em laboratório a partir de óvulos e espermatozoides dos pais biológicos e, subsequentemente, implantados no útero da gestante solidária.
Para homens solteiros e casais homoafetivos masculinos, a doação de óvulos pode ser obtida através de bancos, assegurando o cumprimento das diretrizes que impedem a doação direta de óvulos pela gestante.
Aspectos emocionais e importância do suporte psicológico
A jornada de uma gravidez por Barriga Solidária demanda um suporte emocional significativo. O acompanhamento psicológico é crucial para garantir que todos, incluindo a gestante solidária e os futuros pais, mantenham uma saúde emocional equilibrada ao longo do processo. Tal apoio é essencial para navegar pelas complexas emoções envolvidas, desde o começo da gestação até o momento do parto e a entrega do bebê aos seus pais legais.
Esta abordagem colaborativa, suportada por avaliações médicas e psicológicas, assegura que a Barriga Solidária permaneça uma opção viável e segura para quem sonha com a paternidade ou maternidade através da medicina reprodutiva moderna.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271










