A permanência em pé por várias horas seguidas faz parte da rotina de muitos trabalhadores brasileiros, especialmente em setores como varejo, saúde, educação e indústria. Embora pareça uma atividade simples, o ato de sustentar o peso corporal na mesma posição pode desencadear dores e desconfortos que afetam a qualidade de vida e o rendimento profissional. Com o avanço das jornadas e a ausência de intervalos suficientes, cresce a preocupação com o impacto desse hábito na saúde musculoesquelética, segundo a Clínica Avanttos.
Sentir dor ao permanecer em pé é uma queixa comum em adultos de diferentes faixas etárias, principalmente quando a rotina não permite alternância entre períodos em pé e sentado. Os sintomas surgem gradualmente, podem incluir sensação de cansaço, peso nas pernas, formigamento, dor lombar e até inchaço nos membros inferiores. Esse quadro merece atenção, pois pode estar associado a causas variadas, desde fatores posturais até doenças crônicas que exigem acompanhamento especializado.
Quais são as causas da dor ao ficar em pé por muito tempo?
Diversos elementos podem estar relacionados ao surgimento da dor ao ficar em pé por períodos prolongados. Um dos principais fatores é a sobrecarga imposta às articulações dos membros inferiores, quadris e coluna lombar, que precisam sustentar o corpo sem pausas. O uso de sapatos inadequados, como calçados apertados, saltos altos ou sem amortecimento, intensifica a pressão sobre os pés e prejudica o alinhamento corporal.
Além disso, a má postura ao se manter em pé, o sedentarismo e o excesso de peso corporal aumentam a predisposição a dores. Superfícies muito rígidas, comuns em ambientes industriais e comerciais, dificultam a absorção dos impactos e intensificam o desconforto. Por vezes, questões circulatórias, como varizes e insuficiência venosa, tornam a permanência em pé ainda mais difícil devido ao acúmulo de sangue nos membros inferiores.
Como aliviar o incômodo de ficar em pé durante longos períodos?
Existem diversas estratégias recomendadas para amenizar o desconforto associado à necessidade de se manter em pé ao longo do dia. De acordo com profissionais da área de saúde, a adoção de medidas preventivas pode reduzir significativamente os sintomas. Entre as condutas sugeridas, destacam-se:
- Fazer pausas regulares e alternar a posição entre sentado e em pé durante o expediente;
- Realizar alongamentos simples nos intervalos para estimular a circulação e evitar rigidez muscular;
- Investir em calçados confortáveis, que apresentam bom amortecimento e ajuste adequado aos pés;
- Utilizar um pequeno apoio para os pés, possibilitando alternância no peso suportado pelas pernas;
- Dar preferência a superfícies menos rígidas, recorrendo a tapetes ou palmilhas quando possível.
Além dessas orientações, manter o corpo hidratado e buscar momentos de repouso ou massagens ao final do dia favorecem o relaxamento muscular. A prática regular de atividades físicas que fortalecem a musculatura da perna e da lombar também contribui para o aumento da resistência física, tornando o corpo mais apto a suportar períodos em pé.

Quais doenças podem estar associadas à dor ao permanecer em pé?
A dor recorrente ao se manter em pé pode indicar problemas de saúde que vão além do desconforto momentâneo. Dentre as condições mais frequentemente diagnosticadas nesse contexto, destacam-se:
- Varizes e insuficiência venosa, caracterizadas pela dificuldade de retorno do sangue das pernas para o coração;
- Fascite plantar, um processo inflamatório na sola do pé;
- Dores lombares e alterações na coluna, como lombalgia e hérnia de disco;
- Problemas nos joelhos, como condromalácia patelar;
- Alterações no formato dos pés, incluindo casos de pés chatos.
O aparecimento de sintomas como edema, mudança de cor na pele, sensação de queimação ou dormência sugere a necessidade de uma avaliação médica detalhada. Em algumas situações, a fisioterapia ou o uso de palmilhas ortopédicas podem ser recomendados como formas de tratamento complementar.
Quando procurar um especialista para avaliar a dor ao ficar em pé?
Caso as dores persistam por vários dias, aumentem em intensidade, ou venham acompanhadas de sinais como inchaço ou dificuldades para caminhar, a orientação é buscar atendimento com um ortopedista ou angiologista. Esses profissionais têm o preparo para identificar a origem do problema e indicar o tratamento adequado, que pode incluir desde orientações ergonômicas até intervenções terapêuticas.
A observação atenta aos sinais do próprio corpo, aliada à implementação de cuidados simples no dia a dia, favorece a prevenção de desconfortos e doenças relacionadas à permanência prolongada em pé. Medidas como pausas frequentes, escolha de calçados apropriados e fortalecimento muscular ajudam a preservar o bem-estar e garantem o desempenho das atividades cotidianas de forma mais confortável.










