Marinha vai fazer perícia na embarcação do advogado desaparecido

Autoridade Marítima instaurou inquérito para investigar se houve algum descumprimento às normas que tenha contribuído para a fatalidade

Thais Umbelino
postado em 07/08/2020 18:00 / atualizado em 07/08/2020 18:00
Os bombeiros encontraram o corpo de Carlos Eduardo Marano boiando no Lago Paranoá -  (crédito: CBMDF/Divulgação)
Os bombeiros encontraram o corpo de Carlos Eduardo Marano boiando no Lago Paranoá - (crédito: CBMDF/Divulgação)

A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania Fluvial de Brasília, Organização Militar subordinada ao Comando do 7º Distrito Naval, esclareceu nesta sexta-feira (7/8) que instaurou inquérito para Acidentes de Fatos de Navegação a fim de verificar a embarcação do advogado Carlos Eduardo Marano, 41 anos. O objetivo é investigar se houve algum descumprimento à Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (Lesta) ou às demais normas que tenha contribuído para a ocorrência da fatalidade.

O corpo do advogado foi encontrado nas proximidades do Clube Cota Mil na noite de terça-feira (4/8), após supostamente cair de uma embarcação no Lago Paranoá em 1º de agosto. Em nota, a marinha reforçou compromisso com a segurança da navegação. “A Marinha do Brasil, como Autoridade Marítima, reforça seu compromisso de zelar e trabalhar para assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação nas águas jurisdicionais brasileiras e a prevenir a poluição hídrica por parte de embarcações”, declarou

No dia em que Carlos Eduardo foi encontrado, cerca de 19 militares do Corpo de Bombeiros e quatro da Marinha participaram das buscas. Além disso, foram utilizados dois cães farejadores - um dos cachorros atuou nas buscas da tragédia em Brumadinho (MG) -, patrulha de moto aquática, drones e apoio da aeronave.

Desaparecimento durante festa em barco

O advogado estava em festa privada com mais 12 pessoas, no sábado (1º/8) passado. O evento ocorreu em duas lanchas, próximo ao Clube Cota Mil, no Setor de Clubes Sul, no Lago Paranoá. Vídeos mostraram momentos em que a vítima aparece curtindo com os demais presentes, conversando e bebendo.

O grupo só notou que o advogado havia sumido por volta das 18h, quando as embarcações já estavam com os motores desligados. Quando os presentes perceberam o desaparecimento, procuraram por Carlos em ambas as lanchas.

Foi durante a busca que o grupo avistou o boné que o advogado usava boiando na água. Um dos homens chegou a pular atrás do advogado, mas, por conta do horário, não permaneceu no Lago Paranoá. O Corpo de Bombeiros iniciou as buscas por Carlos Eduardo às 18h53, mas precisou suspender a operação pela falta de luminosidade.


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