Sete serpentes que saíram da Fundação Zoológico de Brasília nesta terça-feira (12/8) já chegaram ao Instituto Butantan. As serpentes foram transportadas de Brasília para São Paulo em um voo da Gol que saiu da capital federal às 6h40. A Gol Linhas Aéreas foi procurada para dar detalhes sobre a viagem, mas não respondeu ao Correio.
A assessoria de comunicação do Instituto Butantan informou que o transporte dos animais foi feito seguindo todos os protocolos de segurança. Disse ainda que as cobras serão examinadas, passarão por uma quarentena e só depois disso será definida a finalidade delas no Instituto. “Após a chegada no Instituto, os animais são registrados, passam por exames clínicos gerais e entram em quarentena por um período de 30 a 40 dias. Somente após este período será definido se esses animais poderão ser destinados para exposição no Museu Biológico ou para atividades científicas e de educação ambiental.”
O diretor do Museu Biológico do Butantan, Giuseppe Puorto, explica a razão do Instituto no contexto receber as serpentes. “Não somos uma entidade fiscalizadora, mas sim de apoio aos órgãos responsáveis. Isso se dá por conta do nosso trabalho histórico com animais peçonhentos e venenosos. Há muitos anos que o Instituto trabalha junto ao IBAMA e Policia Ambiental no recebimento de animais apreendidos, tanto da fauna brasileira, como da fauna exótica”, explica
O Museu Biológico do Butantan já possui uma naja, resgatada na rede de esgoto de Balneário Camburiú, em Santa Catarina, que tem muitas características semelhantes à naja encontrada em Brasília. O Instituto não tinha, até hoje, nenhum exemplar de víbora-verde-voguel, uma espécie exótica, originária da ásia e que não tem antiofídico no Brasil.
As sete novas serpentes que chegaram ao Instituto foram transportadas em caixas de madeira com travas duplas de segurança. Elas foram para o Zoológico de Brasília após o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, ser picado, no dia 8 de julho, pela naja que criava ilegalmente em casa. Depois de ser resgatada pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental, a naja foi entregue ao Ibama, que deixou o animal aos cuidados do Zoo.
Já a víbora-verde-voguel chegou à sede do Ibama em Brasília um dia após o ocorrido. Como o animal foi entregue espontaneamente, o dono não foi responsabilizado. Mas a Polícia Civil do Distrito Federal investiga se os animais foram trazidos ilegalmente ao Brasil pelo mesmo grupo criminoso.
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