Inclusão Digital

Casa de assistência a crianças e jovens pede doação de computadores

A Casa Azul Felipe Augusto ajuda diariamente dois mil meninos e meninas que tiveram os direitos violados. A instituição precisa arrecadar, pelo menos, 1200 computadores para retomar atividades

Celimar de Meneses*
postado em 18/08/2020 17:22 / atualizado em 18/08/2020 19:31
A instituição atende desde crianças de 6 anos de idade até jovens adultos -  (crédito: Divulgação/Casa Azul Felipe Augusto)
A instituição atende desde crianças de 6 anos de idade até jovens adultos - (crédito: Divulgação/Casa Azul Felipe Augusto)

A organização da sociedade civil Casa Azul Felipe Augusto precisa de doações de computadores e celulares para voltar a prestar serviços de assistência social a crianças e jovens. A estimativa da instituição é que é preciso arrecadar, pelo menos, 1,2 mil equipamentos eletrônicos. A ideia é mesclar atividades presenciais com atividades remotas para evitar aglomerações.

“Existe uma necessidade muito grande de retornarmos as atividades presenciais porque os nossos meninos estão ficando mais expostos ao perigo do que se elas estivessem frequentando a instituição. Sabemos que temos que tomar precauções, seguir o isolamento social. Então, montamos um protocolo fizemos um escalonamento”, explica a presidente da Casa Azul, Daise Moisés.

A instituição atende desde crianças de 6 anos de idade até jovens adultos. O protocolo montado pela organização estabelece que às segundas, quartas e sextas as crianças de 6 a 10 anos poderão frequentar a instituição presencialmente e, às terças e quintas, irão os jovens de 11 a 14 anos. A ideia é que nos dias que não estiverem presencialmente, as crianças e adolescentes poderão acompanhar as atividades remotamente.

“O mais importante é conseguir os equipamentos para aqueles que estão numa faixa etária maior, porque a partir dos 12 anos é quando eles começam a se envolver com drogas e prostituição infantil”, conta a presidente. A Casa Azul atende crianças e jovens que tiveram os direitos violados de alguma forma, como trabalho infantil, violência doméstica, maus tratos, violência sexual, ou que têm a família desestruturada, como quando um dos pais ou familiares é dependente químico.

“Nós atendemos no contra turno escolar. A pandemia dificultou muito para nossas crianças, o fato de eles não estarem presentes no dia a dia, a casa é um porto seguro pra eles, é onde eles levam as preocupações, as necessidades deles. A arrecadação de equipamentos é para evitar que eles vão às ruas e fiquem expostos aos riscos, então por isso a nossa necessidade de conseguirmos os equipamentos”, explicou Daise.

Assistência não é escola

Segundo a presidente, a Casa Azul não substitui a escola na formação da criança. O objetivo da instituição é desenvolver valores em complemento às aulas. A instituição de assistência oferece aulas de música, oficinas de cubo mágico e xadrez, cursos profissionalizantes, aulas de dança, entre outros. Para Daise, essas atividades ajudam os jovens a ir bem na escola.

“Quando a gente desenvolve atividades musicais, ou atividades de dança, a gente começa a desenvolver nos meninos a atenção, a concentração, a memória. Para você ter uma ideia, o nosso índice de aprovação do ano passado foi 95%, dos 100% dos meninos que frequentaram a instituição em 2019, 95% foram parovados na escola, esse é um índice muito alto”, comemorou.

Inclusão digital

“Além dos equipamentos, precisamos de uma operadora que nos apoie com um pacote de dados acessível e empresários para arcar com esse custo. Esse apoio é necessário no período em que as atividades on-line estiverem sendo ofertadas. Ou seja, até as atividades normalizarem”, ponderou a coordenadora da Casa Azul, Iracema Moreira.

Para ajudar a instituição, entre em contato através dos telefones (61) 3359-2095 / 3359-2098 / 9 9168-6481 e agende a retirada, ou se preferir procure a unidade da Casa Azul - Sede, localizada em Samambaia.

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