Roubo de cargas

Nove pessoas são condenadas por envolvimento em receptação de cargas

Envolvidos tinham ligação com Toninho do Pó, suspeito de ser o líder da quadrilha investigada pela operação Torre de Babel

Correio Braziliense
postado em 19/08/2020 13:55 / atualizado em 19/08/2020 13:55
Policiais civis escoltam presos para avião da FAB, na segunda fase da Torre de Babel, em outubro, quando líder da quadrilha foi preso -  (crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Policiais civis escoltam presos para avião da FAB, na segunda fase da Torre de Babel, em outubro, quando líder da quadrilha foi preso - (crédito: Polícia Civil/Divulgação)

A Justiça condenou, a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), nove pessoas envolvidas em grupo que atuava com tráfico e roubo de cargas, liderado por Antonio Cesar Campanaro, mais conhecido como Toninho do Pó. Entre os envolvidos, estão a esposa, dois filhos, e uma enteada de Toninho.

Em outubro de 2018, a Polícia Civil do Distrito Federal, em parceria com a 2ª Promotoria de Justiça de Entorpecentes e a 4ª Promotoria Criminal e Tribunal do Júri do Recanto das Emas do MPDFT, deflagrou a operação Torre de Babel, cumprindo 72 mandados de busca e apreensão, 42 mandados de prisão preventiva e 6 de prisão temporária, em 15 cidades de seis estados e no DF.

O líder da organização foi preso em Morro de São Paulo (BA), em uma pousada da qual, supostamente, era proprietário. Com ele, os investigadores encontraram diversos carros de luxo, um deles com fundo falso, onde havia mais de R$ 70 mil. No entanto, nenhum bem estava no nome dele. Toninho do Pó estava preso até o ano passado, ainda antes do julgamento da ação. Segundo o MPDFT, o objetivo dele era obter vantagem econômica com a receptação de produtos furtados.

As investigações concluíram que os envolvidos receptavam e intermediavam a venda de bens de origem ilícita, tendo, inclusive, conexão com outra quadrilha, atuante em Santa Catarina e Paraná. Toninho atuava no tráfico de drogas, roubo de carga e lavagem de dinheiro.

O grupo usava veículos em nome de terceiros para pagar pelas cargas e produtos de crime. Os produtos receptados eram revendidos com auxílio de outros integrantes do grupo. Objetos furtados e receptados também podiam ser usados como moeda de troca.
Ainda segundo o inquérito, motoristas de empresas de transporte eram recrutados para simularem terem sido vítimas de roubo, mas, na verdade, desviavam as cargas para a organização criminosa.

*Com informações do MPDFT

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