Tráfico de animais

Caso naja: shopping afirma estar à disposição das autoridades

Por meio de nota oficial, o shopping Pier 21 esclareceu que a cobra foi encontrada dentro de uma caixa plástica em área pública localizada nos fundos, e não nas dependências do centro de compras

Darcianne Diogo
postado em 24/08/2020 20:06 / atualizado em 24/08/2020 20:06
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

O shopping Pier 21 se manifestou sobre o caso da naja kaouthia que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, 22 anos. Imagens de câmeras de segurança do local mostram o momento em que a cobra é deixada no estacionamento do centro comercial por Gabriel Ribeiro de Moura, 24, amigo de Pedro. O caso ocorreu em 8 de julho, um dia após o acusado de tráfico de animais silvestres ter sido picado.

O estabelecimento esclareceu que a naja foi encontrada dentro de uma caixa plástica em área pública localizada nos fundos do Pier 21, e não nas dependências do centro de compras. À época, o circuito interno de câmeras foi recolhido pelos policiais da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) para análise. O vídeo, ao qual o Correio teve acesso, mostra o momento que Gabriel chega ao local e deixa a caixa com a serpente. Poucos minutos depois, é possível ver um veículo do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) da PMDF, que recolhe o animal.

Por fim, o Pier 21 afirmou que segue à disposição das autoridades e “sempre agiu de acordo com as normas de segurança vigentes”. “Nossos funcionários são altamente treinados, as equipes trabalham em turnos, 24 horas, todos os dias da semana, para promover a segurança de todos. Todas as atitudes suspeitas são imediatamente repassadas à central de segurança e, se for o caso, às autoridades”, informou a nota.

Gabriel foi preso em 22 de julho por atrapalhar as investigações. Ele permaneceu na carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) até a madrugada de 31 de julho e foi indiciado por posse ilegal de animal silvestre, maus-tratos, fraude processual e corrupção de menores. Caso condenado, ele cumprirá pena de seis a oito anos de detenção.

As investigações da Polícia Civil apontaram, ainda, que militares agiram para tentar proteger os investigados. O padrasto de Pedro, o tenente-coronel Clóvis Eduardo Condi, é integrante da corporação. Dois militares foram afastados das atividades externas, entre eles o major do BPMA. Além dos indiciamentos, Condi é alvo de um Inquérito Policial Militar, instaurado pela PMDF para investigar as condutas do servidor. O militar também está afastado das ruas e, atualmente, desenvolve funções internas no setor administrativo da PM.

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