VIOLÊNCIA

Polícia investiga morte de bebê de 5 meses; pais são suspeitos

O caso teria ocorrido em março, mas só veio à tona na quarta-feira (26/8). A Polícia Civil do Novo Gama, município do Entorno, investiga o casal e tenta localizar o corpo do menino

Sarah Peres
postado em 27/08/2020 16:14 / atualizado em 27/08/2020 16:14
Bombeiros realizaram as buscas pelo bebê, mas não encontraram o corpo -  (crédito: TV Brasília)
Bombeiros realizaram as buscas pelo bebê, mas não encontraram o corpo - (crédito: TV Brasília)

O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Novo Gama investiga um casal suspeito de matar o próprio filho, de 5 meses, no município do Entorno, distante cerca de 40 km do centro de Brasília. Após o suposto assassinato, os acusados teriam ocultado o corpo, enterrando-o. O caso teria ocorrido em março, mas só veio à tona na quarta-feira (26/8).

A Polícia Civil do Estado de Goiás passou a apurar a denúncia de vizinhos dos acusados na quarta-feira (26/8). Segundo informações da polícia, a mãe da criança, uma adolescente de 16 anos, juntamente com o companheiro, de 21, confirmaram a agentes que o filho estava morto e tinha sido enterrado em uma área de descampado, em Santa Maria.

O casal vivia no bairro do Pedregal, em Novo Gama e, em março, mudou-se para o Lago Azul, também na região. Nas últimas semanas, depois de retornarem para o primeiro bairro onde residiam, vizinhos desconfiaram do fato deles estarem sem o bebê.

Questionados sobre o paradeiro da criança, os pais alegaram que o menino estava sob os cuidados da avó paterna, em Taguatinga. Contudo, como a dupla já havia sido denunciada anteriormente por maus-tratos no Conselho Tutelar do município goiano, uma nova queixa foi apresentada à entidade e à PCGO.

“Eles alegaram que o filho estava muito doente e, um dia, acordaram e ele estava morto. Alegando estarem assustados com o que ocorreu com a criança e com medo, decidiram enterrar o menino”, explica o delegado Danilllo Martins, do GIH de Novo Gama.

Tv Brasília obteve acesso a um momento do interrogatório do acusado, em que ele confessa a ocultação de cadáver do neném: “Não foi eu quem matou a criança. Acredito que tenha sido morte natural, e ficamos desesperados. Tirei a roupinha dele, coloquei na mochila e viemos até a área, onde o enterramos”, disse.

Com as informações prestadas pelo casal, o delegado estipulou as buscas. “Ontem (26/8) houve uma operação intensa para encontrar o corpo da criança, mas não obtivemos sucesso. Por causa da falta de um local exato, suspendemos a procura hoje, para interrogarmos os suspeitos novamente e, desse modo, avançarmos na apuração do caso”, destaca.

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