CRIME

Polícia segue buscas por bebê de 5 meses morto no Novo Gama

O crime só foi descoberto após cinco meses, na última quarta. Os pais da criança são suspeitos, mas a alegam que a morte ocorreu por causas naturais

Sarah Peres
postado em 27/08/2020 23:09
 (crédito: TV Brasília)
(crédito: TV Brasília)

As buscas pelo corpo do bebê de cinco meses que teria sido morto e enterrado pelos próprios pais prosseguem na área de descampado de Santa Maria. O crime teria ocorrido em março deste ano, no município de Novo Gama, distante cerca de 40km do Distrito Federal, mas só foi descoberto após cinco meses, na última quarta-feira (26/8). Os suspeitos, um homem de 21 anos e uma adolescente de 16, alegam que a criança morreu de causas naturais.

Bombeiros, com o apoio de cães farejadores, tenta encontrar o corpo na área. Nesta sexta-feira (28), a corporação e a Polícia Civil do Estado de Goiás (CPGO) prosseguirão com as buscas. De acordo com o delegado Danillo Martins, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) do Novo Gama, agentes realizam a oitiva dos suspeitos. "O objetivo é obtermos mais informações sobre onde a criança teria sido enterrada. Enquanto isso, também conversamos com outras testemunhas", afirma.

Em depoimento, o casal alegou que a criança teria morrido de causas naturais. “Não fui eu quem matou a criança. Acredito que tenha sido morte natural, e ficamos desesperados. Tirei a roupinha dele, coloquei na mochila e viemos até a área, onde o enterramos”, afirmou o pai à polícia. 

Apesar da versão apresentada, eles são suspeitos pelo homicídio do neném, além da ocultação de cadáver. O casal já havia sido denunciado anteriormente por maus-tratos, quando o menino ficou 29 dias internado com pneumonia. À época, residiam no bairro Pedregal. Depois, se mudaram para Lago Azul. 

Sumiço

O desparecimento da criança veio à tona quando os pais voltaram a morar no Pedregal, mas não estavam mais com o filho. A situação causou estranheza dos vizinhos, que denunciaram o caso. A avó materna relata que o casal afirmava que o garoto estava com a avó paterna, em Taguatinga.

“Eu perguntava por ele quase todos os dias, e eles diziam que estava tudo bem. Que meu neto estava crescendo, mas nunca entravam em detalhes. A última vez o vi foi em março, ainda muito bebê. Sempre que eu perguntava do neném, eles diziam que estava bem, mas não estendiam o assunto. Eu jamais poderia pensar que algo assim teria acontecido”, conta, sob condição de anonimato.

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