AVALIAÇÃO

Ministério Público questiona falta de insumos no Hospital de Samambaia

MPDFT também pediu informações à Secretaria de Saúde sobre a ausência de profissionais na unidade hospitalar. Problemas estariam impedindo a abertura de novos leitos de UTI

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) enviou ofício à Secretaria de Saúde (SES-DF) para pedir informações sobre a falta de equipamentos e de profissionais no Hospital Regional de Samambaia (Hrsam). Representantes do órgão visitaram a unidade de terapia intensiva (UTI) na última semana e questionaram a pasta nesta quinta-feira (20/8).

De acordo com o MPDFT, a falta de 17 bombas de infusão, 14 suportes de soro e de médicos com carga de trabalho de 200 horas semanais impedem o funcionamento de sete novos leitos de UTI no Hrsam. Diante disso, algumas estruturas montadas ficam sem receber pacientes por falta de equipamentos. Um desses instrumentos são os aparelhos necessários para a realização de hemodiálise.

Uma das promotoras de justiça do Ministério Público mencionou que o modelo de contratação emergencial de leitos pode fazer com que eles sejam desmontados após a pandemia. Outros dois pontos levantados envolvem a aquisição de analgésicos e sedativos para pacientes intubados, devido à escassez desses remédios no mercado; bem como a redução do número de postos de segurança no Hrsam.

A SES-DF tem 10 dias para responder aos ofícios do MPDFT. Em nota, a pasta informou que recebeu 5,7 mil unidades de medicamentos indicados para intubação e manutenção de pacientes da UTI. Os insumos foram distribuídos a todos os hospitais da rede.

"Nas unidades hospitalares e durante a pandemia não houve falta destes medicamentos em nenhum momento, mesmo havendo aumento mundial no consumo desses insumos, o que dificulta, até mesmo, a compra", afirma texto da pasta.

A direção do Hrsam tem adotado as "medidas necessárias para início do funcionamento dos sete leitos de UTI o mais rapidamente possível", e a Subsecretaria de Gestão de Pessoas, tomado as "providências para viabilizar a convocação de médicos intensivistas".