CB Poder

Obras do DF podem ser paralisadas por falta de material, diz Sinduscon

Indústria da construção civil do DF enxerga preços em disparada e risco de desabastecimento de materiais como uma realidade

Alan Rios
postado em 16/09/2020 14:52 / atualizado em 16/09/2020 14:53
Presidente do sindicato aposta em diálogo e parceria com o governo para enfrentar aumento de preços -  (crédito: Reprodução)
Presidente do sindicato aposta em diálogo e parceria com o governo para enfrentar aumento de preços - (crédito: Reprodução)

Construções que estão sendo realizadas no Distrito Federal podem ficar paradas por falta de materiais. É isso que afirma Dionyzio Klavdianos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF). Em entrevista ao CB Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — nesta quarta-feira (16/9), Dionyzio disse ainda que o setor identificou disparadas de preços que chegam a mais de 100% de aumento.

“O risco de desabastecimento já é uma realidade. Obras públicas do DF já começam a sentir impacto. Isso é muito ruim. Esse movimento virtuoso do GDF no sentido de colocar licitação na rua, obras para serem feitas, pode ser paralisado porque falta material. PVC, material elétrico, cerâmica, tijolos, bitolas de aço”, explica o presidente do Sinduscon-DF.

Segundo ele, a situação é delicada porque envolve um segmento carro-chefe para a economia do DF. “Nunca vi, nesse meu tempo de atividade sindical, o setor tão unido quanto agora. Porque é uma posição cidadã. Se obras públicas param, você desemprega. Qual o grosso do trabalhador da construção civil? Aquele que mais precisa de emprego”, avalia.

O desejo do Sinduscon é que diálogos com o governo local possam gerar ações contra o aumento dos preços de materiais de construção. “Não dá para entender aumentar valor de item em 100%. Não falo só de um, falo de uma gama. Fizemos agora, em setembro, uma pesquisa com 20 empresas associadas. O aumento chega a 140%. Não é questão de uma empresa, um segmento. Se não é um abuso, é algo inapropriado”, pontua Dionyzio.

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