JUSTIÇA

Justiça nega pedido de Sara Winter para reativar conta no PicPay

A ativista pediu tutela de urgência para reaver a conta que foi suspensa pela empresa após Sara ser acusada de vazar os dados da menina de 10 anos estuprada pelo tio

Samara Schwingel
postado em 23/09/2020 17:07 / atualizado em 23/09/2020 17:29
Sara Winter teve a conta suspensa após vazar informações sobre a criança de 10 anos estuprada pelo tio -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press  )
Sara Winter teve a conta suspensa após vazar informações sobre a criança de 10 anos estuprada pelo tio - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

A juíza Glaucia Barbosa, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasilia (Cejusc), indeferiu o pedido da ativista Sara Fernanda Giromini — conhecida como Sara Winter — para reaver a conta na plataforma financeira PicPay. A empresa suspendeu o acesso da militante, após ela ser acusada de vazar os dados pessoais da menina de 10 anos que engravidou ao ser estuprada pelo tio. 

A decisão é de 17 de setembro. Na visão da magistrada, "não foi possível verificar verossimilhança nas alegações" de Sara. Além disso, ela considerou que não há como saber se o cancelamento foi ilegal, uma vez que pode ter ocorrido por questões de segurança. 

Além da conta do PicPAy, Sara perdeu a conta do Youtube após o vazamento das informações pessoais da menina. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) também entrou na Justiça contra a militante. 

Relembre o caso

Em agosto, veio à tona o caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada por quatro anos pelo próprio tio. Os abusos ocorreram em São Mateus, no Espírito Santo.  O homem de 33 anos chegou a assumir a autoria dos fatos, foi preso e indiciado pelo crime. 

A menina precisou passar por um processo de aborto, autorizado pela Justiça. Como os médicos no Espírito Santo, onde a menina mora, se recusaram a fazer o procedimento ela foi transferida para Recife. Na época, por ser contra a realização do aborto, Sara Winter publicou um vídeo nas redes sociais no qual divulgou o que seria o primeiro nome da criança, criticou o médico que se dispôs a realizar o aborto e ainda forneceu o endereço do hospital onde ela está internada.

Após a publicação, a equipe médica e a família da vítima foram hostilizados por grupos religiosos em frente ao hospital onde a menina faria o aborto.    


 

 

 

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